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Promotor cobra punição para cartola do Atlético-PR

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13/12/2013 18h08

Para o promotor paulista Paulo Castilho, o Atlético-PR ainda não foi punido à altura. Isso porque o presidente do clube, Mário Celso Petraglia, até agora não foi responsabilizado pela falta de segurança no jogo de seu time com o Vasco, em Joinville.

"O STJD [Superior Tribunal de Justiça Desportiva] foi duro com o Atlético. Mas faltou um promotor da defesa do consumidor responsabilizar o presidente do clube. Ele colocou em risco os torcedores ao permitir a realização do jogo sem a presença da Polícia Militar", disse Castilho ao blog. Ele representou o Ministério Público na reunião da última quinta para discutir segurança nos estádios, em Brasília.

O Estatuto do Torcedor prevê que o mandante tem a obrigação de solicitar a presença de agentes públicos de segurança em seus jogos. O presidente da agremiação e o dirigente responsável pela infração devem ser destituídos em caso de violação dessa regra.

Em Joinville, a Polícia Militar só entrou no estádio depois de estourar a briga entre atleticanos e vascaínos. O clube paranaense contratou seguranças particulares após a polícia dizer que não trabalharia na partida. A PM tomou essa decisão por causa de uma ação do Ministério Público catarinense contrária à presença dela em eventos privados. Mas a ação ainda não foi julgada.

Segundo Castilho, a punição para o cartola do Atlético pode ser pedida por um promotor de Santa Catarina, Paraná ou do Rio de Janerio, pois torcedores dos três Estados foram prejudicados. A Polícia Civil de Joinville já pediu explicações ao time paranaense sobre a segurança no estádio.

Castilho também criticou o fato de metade da pena de perda de mando aplicada aos dois clubes (12 jogos para o Atlético-PR e 8 para o Vasco) ser com portões fechados.

"Pode ser com portões fechados, mas só para a torcida do mandante. Do jeito que está, você impede o visitante de assistir ao seu time. O torcedor-família, que não viaja e só assiste aos jogos em casa, também é punido", afirmou o promotor.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.