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Cotas pagas pela Globo e 'gelo' em cartola mantêm Curitiba viva na Copa

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22/01/2014 06h00

Curitiba ainda mantém a esperança de estar na Copa de 2014 principalmente graças ao dinheiro pago pela Globo ao Atlético-PR para transmitir os jogos da equipe no Brasileirão.

De acordo com Reginaldo Cordeiro, secretário municipal extraordinário para Copa do Mundo em Curitiba, o clube conseguiu o empréstimo que permitirá mais rapidez nas obras do estádio atleticano porque as cotas de TV foram aceitas como garantia.

A Fomento Paraná, instituição financeira ligada ao governo do Estado, aceitou o dinheiro que o clube tem a receber da emissora como garantia para liberar R$ 39 milhões, segundo Cordeiro. A verba, que estará na conta do Atlético-PR na próxima segunda, poderá ser usada, entre outras coisas para aumentar o número de operários na obra, uma das exigências da Fifa.

Além da liberação do empréstimo, uma operação considerada por seus participantes como intervenção na maneira de o Atlético tocar a obra, é responsável por ainda manter Curitiba no mapa da Copa do Mundo.

Publicamente, críticas ao presidente do clube, Mário Celso Petraglia, são evitadas. Porém, o blog apurou que membros da Fifa, dos governos Federal e do Estado, além de integrantes da prefeitura, estavam insatisfeitos com o dirigente. Longe dos microfones reclamavam que o presidente atleticano não conseguia fazer a reforma da arena andar.

Por isso, foi criado um Conselho Gestor, que terá também gente do Governo do Estado e da Prefeitura de Curitiba, para participar da administração da obra. Assim, a reforma  não ficará mais apenas na mão da CAP/SA, criada pelo Atlético.

Com o poder de Petraglia reduzido, integrantes da Fifa e dos governos envolvidos acreditam que será possível acertar o passo da obra até dia 18 de fevereiro, data em que será decidido se Curitiba participa do Mundial.

O blog não localizou Petraglia para falar sobre o assunto.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.