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Para dirigentes, estilo de vida refinado isolou Pato no Corinthians

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09/02/2014 10h54

Pato não deu certo no Corinthians porque tem um requintado estilo de vida, com gostos bem diferentes dos demais jogadores do time. Essa é uma das explicações de diretores do clube para justificar o fracasso do atacante no Parque São Jorge.

A tese é de que Pato frequentava as altas rodas de Milão mais do que qualquer outro jogador brasileiro em países europeus. E desde muito cedo. Assim, cultivou hábitos não compartilhados pela maioria de seus colegas brasileiros.

Dirigentes do clube avaliam que o fato de pensar e agir de maneira distinta criou barreiras entre o atacante e seus companheiros. O relacionamento ficou prejudicado e acabou interferindo no rendimento do atleta, na opinião de parte da cartolagem. O ex-milanista não teria sido bem digerido pelo grupo, ficando isolado.

Mas parte dos diretores tem uma explicação que combina com o que boa parcela da torcida alvinegra pensa: Pato não entendeu o que é o Corinthians.  E sem compreender o clube não modificou seu jeito frio de jogar, não mostrou a raça tão desejada pelos torcedores.

Seja pela primeira tese ou pela segunda, o clube avaliou que seria impossível o atacante voltar a atuar em alto nível no Corinthians. Por mais que doa, preferiram ver Pato tentar se reerguer no rival São Paulo e ainda pagarem parte dos salários.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.