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Com média de três gols levados em clássicos, Mano falha em seu ponto forte

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10/03/2014 12h37

Em sua volta ao Corinthians, Mano Menezes pena para arrumar a defesa do time, justamente seu ponto forte na passagem anterior pelo clube.  Com 19 gols sofridos em 13 jogos, o alvinegro é o sexto time mais vazado entre os 20 da competição, ao lado do Linense.

Nos dois estaduais em que havia comandado a equipe, o Corinthians terminou a primeira fase como o clube que menos gols levou. Em 2009, foram 15 tentos sofridos em 19 jogos, média de 0,7 por partida. De forma invicta, o alvinegro conquistou o título estadual. No ano seguinte, a equipe de Mano foi vazada 18 vezes em 19 jogos, 0,94 por partida e não se classificou para as semifinais. A média atual é de 1,4 por apresentação.

A média em 2014 piora se a conta incluir apenas os clássicos. Foram nove gols em três jogos: três por partida (derrota de 5 a 1 para o Santos, empate em um gol com o Palmeiras, e nova queda por 3 a 2 diante do São Paulo).

Na comparação entre o Corinthians e seus principais rivais neste ano, a diferença mais impressionante é em relação ao Palmeiras. O time do Parque São Jorge levou mais do que o dobro de gols do que o alviverde: 19 x 9 em 13 partidas.  O Santos levou  12 gols e o São Paulo tomou 14, cada um em 13 jogos.

A dificuldade em acertar a defesa destoa do que Mano costuma fazer no início de seus trabalhos. Ele normalmente primeiro arruma o setor defensivo para depois mostrar evolução nos outros setores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.