DIS promete ir à Justiça contra São Paulo por R$ 5 mi referentes a Ganso
Atualizado às 17h09
A DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, começou a preparar uma ação judicial contra o São Paulo. A meta é tentar receber na Justiça R$ 5 milhões para vender mais 10% dos direitos econômicos de Ganso ao clube.
O contrato entre as partes previa que até o fim de janeiro o São Paulo faria essa compra, se o jogador atuasse em 70% dos jogos da equipe, desde que desembarcou no Morumbi.
Pressionado pela parceira, o clube mostrou que o atleta atuou 68,7% das partidas. Um dos argumento da DIS para ir à Justiça é de que essa cláusla poderia ter sido manipulada pelo clube, tirando o jogador de algumas partidas para que os 70% não fossem atingidos. E que se a cláusula poderia ser controlada por uma só parte, ela deve ser ignorada. Apesar de a tese ser usada, a empresa não acusa o clube de ter feito Ganso jogar menos para não gastar os R$ 5 milhões.
O departamento jurídico da DIS também vai sustentar que o cálculo dos jogos do meia deveria começar a partir do momento em que Ganso estivesse recuperado de uma lesão que apresentava quando foi contratado. E que partidas em ele estava suspenso não podem entrar na conta. No entanto, o contrato não faz essas ressalvas.
Outra justificativa é de que o documento precisa ser interpretado com boa fé. Para a DIS, isso significa que o espírito do acordo era ressarcir a empresa pelo investimento que fez para colocar o jogador no São Paulo. Desde que ele fosse útil ao clube e não ficasse encostado por problemas físicos. Ainda conforme o raciocínio dos representantes da parceira tricolor, o fato de o meia atuar em 68,7% dos jogos confirma a sua utilidade.
A informação de que a empresa quer ir aos tribunais foi recebida com desdém na direção são-paulina. A avaliação é de que o contrato não deixa brechas para a cobrança dos R$ 5 milhões.
O episódio deteriorou rapidamente a relação entre as partes, que fizeram juras de amor após a a transferência de Ganso. Enquanto a empresa reclama que o São Paulo não respeitou o espírito do contrato, já que o atleta participou de quase 70% dos jogos, o clube se queixa de a parceira ter feito cobranças em público. E de revelar detalhes da reunião em que o impasse foi discutido.
Atualmente, a DIS já briga na Justiça com Santos e Palmeiras. Nos dois casos, cobra dívidas.
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