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Presidente do Palmeiras é pressionado a reduzir mais gastos

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26/03/2014 06h00

Um ano e dois meses após ser eleito presidente do Palmeiras, Paulo Nobre sofre forte pressão do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) alviverde para controlar mais as despesas do clube.

Em recente reunião do órgão, Mustafá Contursi foi um dos que pediram ao dirigente maior austeridade com as contas. No entendimento do ex-presidente e de outros "cofistas" é louvável o esforço de Nobre, que já usou seu crédito pessoal para levantar R$ 75,1 milhões em bancos para o clube, agora seu credor. Mas há uma contradição na forma de administrar, pois ao mesmo tempo em que corta gastos, contrata profissionais caros para tocar diversas áreas.

Os críticos usam o balanço de 2013, já aprovado no Conselho Deliberativo, para indicar que o presidente cortou menos custos do que se esperava. Em 2013, sem contar os departamentos de futebol (profissional e amador) e comunicação, o Palmeiras gastou R$ 47,1 milhões. Em 2012, com Arnaldo Tirone, havia gasto R$ 50,4 milhões.

Os membros do COF descontentes argumentam que a redução de R$ 3,3 milhões ou de 6,7% é  inferior ao que o clube precisa. E que ela seria maior caso fossem evitadas contratações de profissionais considerados pelos conselheiros caros para um clube com dificuldades financeiras.

No futebol profissional, os gastos caíram de R$ 159,2 milhões para R$ 150,7 milhões (cerca de 5,5%). Já no futebol amador a despesa subiu de R$ 8,1 milhões para R$ 9,8 milhões.

Os dados também mostram que sob a batuta de Nobre o Palmeiras registrou déficit de R$ 22,6 milhões.

Indagado pelo blog por meio de sua assessoria de imprensa sobre as cobranças de 'cofistas' para reduzir mais as despesas e a respeito sua política de redução de custos, Nobre respondeu que "essas questões se referem exclusivamente ao COF e não serão comentadas no Blog do Perrone".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.