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Chefe de delegação ganha missão de blindar seleção de oba-oba

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26/05/2014 06h54

Vilson Ribeiro de Andrade, chefe da delegação da seleção brasileira e presidente do Coritiba, foi escalado pela cúpula da CBF para ajudar Felipão a combater um de seus maiores temores: o oba-oba em volta dos jogadores.

O treinador quer evitar o assédio de políticos em busca de holofotes em ano eleitoral e até visitas de familiares fora de hora. Por isso, a ideia é que Vilson faça esse bloqueio. Ele está orientado a impedir o acesso à delegação e a receber os figurões que queiram contato com os jogadores, mas longe do ambiente da seleção. O problema é que, mesmo alinhada com o pensamento de Felipão, a CBF toma atitudes que colocam em risco essa blindagem, como convidar presidentes de federações para assistir a estreia do Brasil contra a Croácia, dia 12 de junho. Devem chover pedidos de cartolas para sessões de fotos e autógrafos com os atletas.

Além disso, a CBF está em campanha contra projeto do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) que prevê um imposto sobre receitas da confederação para serem usadas na formação de atletas em escolas públicas. Por isso, não pode correr o risco de ser antipática com congressistas. Andrade é justamente o cartola que lidera a defesa dos interesses dos clubes no Congresso Nacional.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.