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Cruzeiro destoa de rivais e depende menos de TV e venda de atletas

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03/05/2014 09h40

Na temporada em que conquistou o título Brasileiro, o Cruzeiro fugiu dos padrões do futebol nacional e não teve o dinheiro da TV ou a venda de atletas como principal receita. O balanço do clube mostra que em 2013 o campeão do Brasileirão arrecadou mais com bilheteria e premiação do que com transmissão de jogos ou negociando jogadores.

De nove balanços analisados pelo blog, só o cruzeirense não aponta a TV ou o repasse de direitos de atletas como maior receita. Flamengo, Corinthians, Fluminense, Palmeiras e Portuguesa ganharam mais em 2013 com a Globo. São Paulo, Santos e Botafogo registraram ganho maior com transações de jogadores.

No Cruzeiro, foram R$ 63,7 milhões com venda de ingressos e prêmios (o clube conta os dois itens juntos) contra R$ 60 milhões de publicidade e transmissões de TV.  A venda de jogadores gerou R$ 24,6 milhões

Em termos comparativos, no ano anterior o Cruzeiro tinha arrecado R$ 10,5 milhões com venda de tíquetes e prêmios diante de uma receita de R$ 52 milhões com a transmissão de jogos e R$ 23,5 milhões com a negociação de atletas.

O Flamengo, bom de venda de ingressos, por exemplo, recebeu da Globo no ano passado R$ 110 milhões e arrecadou R$ 48,2 milhões com bilheteria e mais R$ 5,1 milhões em prêmios. O clube da Gávea não registrou receita com a saída de atletas.

Já o Corinthians levou R$ 102,5 milhões da TV, faturou R$ 61,9 milhões com a negociação de jogadores e arrecadou R$ 32 milhões em seus jogos.

O bom desempenho em campo e nas bilheterias, no entanto, não impediu o Cruzeiro de fechar 2013 com déficit operacional de R$ 22,8 milhões.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.