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Mano, Oswaldo e Muricy pressionados

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22/05/2014 07h09

 

Confira abaixo os fatores que pressionam o corintiano Mano Menezes, o santista Osvaldo de Oliveira e o são-paulino Muricy Ramalho já no início do Brasileiro.

Mano Menezes

Saiu do empate em um gol diante do Atlético-PR ouvindo a torcida pedir sua demissão. Internamente, sofre duras críticas de conselheiros de oposição e situação. Eles concordam com os torcedores que chamam o treinador de retranqueiro e reclamam de o time recuar quando faz 1 a 0. Também afirmam que a equipe não tem padrão de jogo, que os jovens só entram na fogueira e que Mano não para de pedir reforços. Um dos motivos de irritação dos conselheiros é o fato de o treinador exigir a contratação de atacantes experientes, mas ter dispensado Emerson Sheik. Mário Gobbi ouve as críticas, porém, segue disposto a atender aos pedidos do treinador, certo de que ele vai arrumar o time.

Oswaldo de Oliveira

Dos cinco primeiro jogos no Brasileiro venceu apenas um. Deu passo em falso ao rebater críticas de um conselheiro atacando a diretoria santista por não ter conseguido fazer a final do Paulista na Vila Belmiro. Os dirigentes já não tinham gostado quando o técnico fez essa reclamação ainda no Estadual. O treinador também é criticado por supostamente expor os jovens do time ao afirmar que eles podem ter sentido a pressão de disputar o título Paulista. Por sua vez, a diretoria já deu sinais de que vai avaliar o trabalho do técnico durante a parada para a Copa do Mundo e que pode dispensar o treinador.

Muricy Ramalho

O sacode que o São Paulo levou do Fluminense basta para deixar o técnico pressionado. Mas não é só isso. A cúpula são-paulina não gostou da bronca em público que ele deu no jovem Boschillia após o clássico com o Corinthians. Os cartolas entenderam que o técnico desvalorizou o trabalho feito nas categorias de base e que inibiu outros garotos. O atual presidente, Carlos Miguel Aidar, dá demonstrações diárias de que não se incomoda em mudar o trabalho feito por seu antecessor e aliado Juvenal Juvêncio. Demitir o técnico que o ex-presidente escolheu não seria problema, embora ainda não se fale nisso.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.