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Seleção troca cara amarrada de 2010 por marketing

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27/05/2014 06h00

A seleção brasileira trocou a clausura e a cara amarrada de 2010 pelo marketing na preparação para a Copa de 2014. No mundial da África do Sul, a blindagem dos jogadores imposta por Dunga incomodou patrocinadores, que tinham poucas chances de exibir suas marcas nos treinos fechados para a imprensa. Agora, nas primeiras horas de trabalho na Granja Comary, eles foram brindados com a oportunidade de se aproximar dos atletas.

Os parceiros da CBF ficaram encantados com a naturalidade que dizem ter sido demonstrada pelos atletas de Felipão nesta segunda, durante encontro com representantes das empresas que apoiam a Confederação Brasileira de Futebol. "Os jogadores chegaram todos juntos, foram aplaudidos e rapidamente se misturaram a nós. Estavam bem acessíveis", disse ao blog Tiago Pinto, diretor de marketing da Gatorade.

Por cerca de 30 minutos, os atletas bateram papo, deram autógrafos e tiraram fotos com os parceiros da confederação, algo impensável na era Dunga.

Mas o contato com os jogadores não será constante durante o Mundial. Os parceiros foram avisados pela CBF de que não devem ter mais acesso a eles até o fim da Copa. Porém, os patrocinadores continuarão divulgando seus produtos numa sala na Granja Comary frequentada por jornalistas.

A atenção dispensada pelos atletas aos patrocinadores não foi a única grande diferença em relação ao Mundial anterior. O relacionamento com a Globo também mudou. Isso ficou claro logo de cara, com a primeira aparição de Felipão no gramado de Teresópolis culminando com uma participação de pelo menos 20 minutos no programa apresentado por Fátima Bernardes. Dunga vivia às turras com toda a imprensa, inclusive com a Globo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.