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Terrenos da sede corintiana são alvos de 13 penhoras

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20/05/2014 06h00

Os quatro terrenos em que está o Parque São Jorge, sede do Corinthians, acumulam 13 penhoras. Além disso, existem cinco arrolamentos, procedimentos nos quais os imóveis são listados para possíveis penhoras.

O clube fica numa área de 158.174 metros quadrados adquiridos separadamente em 1938, 1945, 1968, e 1971. Todos têm ao menos um tipo de comprometimento.

Só a área de piscinas e quadras tem nove penhoras e um arrolamento. O terreno da Fazendinha, o estádio corintiano no Parque São Jorge, sofreu uma penhora e dois arrolamentos. Outro local do clube, conhecido como Canindé, soma três penhoras, além de registrar um arrolamento. Já a parte em que está o prédio da sede social tem um arrolamento e, com outro terreno, foi dada como garantia para a Caixa Econômica do pagamento do financiamento de R$ 400 milhões junto ao BNDES para as obras da arena de Itaquera.

Conforme mostrou o Blog do Rodrigo Mattos na última sexta, a Justiça Federal penhorou receitas do Corinthians no valor de R$ 120 milhões e dois dos terrenos do Parque São Jorge por causa de tributos não pagos.

Dívidas tributárias e penhoras são alvos de antiga preocupação de conselheiros da oposição. No último dia 28, um grupo formado por aproximadamente 18 membros do Conselho Deliberativo protocolou 11 perguntas sobre dúvidas que têm em relação à situação financeira do clube descrita no balanço de 2013. A impressão dos opositores é de que a crise financeira do clube é mais grave do que o documento registra.

Segundo Emerson Piovezan, ex-dirigente da área de finanças e que participou da elaboração do questionário, as respostas ainda não foram dadas pelo atual diretor de finanças, Raul Correa da Silva, criticado pela demora. Por sua vez, o departamento financeiro alega que as perguntas só chegaram ao setor na semana passada e que serão respondidas.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.