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Felipão tem problemas dos pés à cabeça para resolver na seleção

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30/06/2014 01h30

São muitos os problemas que Felipão tem para resolver até a partida contra a Colômbia, sexta, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Questões físicas, táticas e emocionais desafiam a seleção.

Para começar, os brasileiros se apresentaram na Granja Comary acusando desgaste físico. Pelo menos cinco jogadores já tiveram problemas físicos: Thiago Silva, Fernandinho, Paulinho, Hulk e David Luiz, que na véspera do jogo contra o Chile sentia dores nas costas. Aparentemente o beque atuou no sacrifício.

Para quem já estava cansado, precisar de prorrogação e pênaltis para eliminar o Chile não foi confortável. A situação fica mais crítica com o calor de Fortaleza, local do próximo jogo. Neste domingo, no horário do duelo com os colombianos, 17h, a capital cearense registrou 28 graus. Previsão para sexta é de uma variação entre 24 graus e 32 graus. Só que a seleção treina num clima mais frio em Teresópolis. Nesta segunda, a previsão é de mínima de 12 graus e máxima de 25 graus na cidade em que fica a Granja Comary.

Independentemente da temperatura, os treinamentos têm sido menos frequentes e mais leves para os titulares. Segundo o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira não existe a necessidade de forçar os jogadores. Isso poderia provocar novas lesões.

Mas Felipão precisa de treinamentos para resolver problemas táticos de sua equipe. Até agora, ele não conseguiu fazer, por exemplo, com que seus atletas marquem com eficiência as jogadas adversárias pelas laterais. Foi por esse setor que o Chile fez o gol que levou a partida deste sábado para a prorrogação.

A equipe brasileira também ainda não consegue fazer por mais tempo a marcação por pressão que o treinador quer e que foi a marca registrada do Brasil na Copa das Confederações.

Além de tudo isso, Scolari tem que cuidar da cabeça de seus jogadores. A equipe tem demonstrado uma sensibilidade acima da média para times comandados por Felipão. Seus atletas atuais choram durante a execução do hino, choram quando marcam gols e choram em disputa de pênalti, como fez Júlio César assim que acabou a prorrogação com os chilenos.

Depois da dramática classificação para as quartas de final o treinador chegou a dizer que o time está muito cordial com seus adversários e que precisa ser mais agressivo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.