Pedido de Felipão deixa Dilma em saia justa
Ao convidar publicamente Dilma Rousseff para visitar a seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari deixou a presidente numa saia justa. Se aceitar o apelo de Felipão, feito em entrevista na Fox Sports, ela correrá o risco de se encontrar com José Maria Marin, de quem tem mantido distância.
O presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa) até agora só apareceu uma vez na Granja Comary, mas é natural que faça as honras da casa se Dilma aparecer. E mesmo que Marin não esteja lá, o acerto da visita exige uma relação formal com a entidade comandada por ele. O cartola sofre rejeição no Palácio do Planalto por ter sido ligado à ditadura militar em seus tempos de político.
Além disso, Dilma se aproximou do Bom Senso FC, movimento que enfrenta a CBF. O chefe da delegação da seleção brasileira é Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba e líder das reivindicações da confederação em Brasília.
Antes de Scolari manifestar o desejo de que a presidente se aproxime da seleção, Dilma havia dito que tinha vontade de encontrar o time nacional, mas afirmou que não faria uma visita por entender que a delegação precisa de tranquilidade.
Não havia nem previsão de que ela participasse de uma videoconferência com os jogadores, como Lula fez antes da Copa de 2006.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse ao blog que espera ter mais informações sobre a participação de Dilma na Copa do Mundo a partir da próxima segunda.
Por enquanto, só é oficial a previsão de que a presidente assista ao jogo entre Alemanha e Portugal, em Salvador. Ela ficará sentada entre Angela Merkel, chanceler alemã, e Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal.
Dilma também deve assistir à partida de abertura do Mundial entre Brasil e Croácia, dia 12 de junho, em São Paulo, mas sua presença ainda não é confirmada oficialmente.
Distante de Marin, Dilma iniciou na Copa das Confederações, durante o auge dos protestos contra o Mundial no país, um processo de aproximação dos jogadores da seleção por meio das redes sociais. Para isso, ela não precisa aparecer ao lado de Marin.
O contato com os jogadores é também uma maneira positiva de a presidente se associar ao Mundial em meio às críticas sobre os gastos governamentais com a competição privada.
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