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Invasão argentina tem soneca em lixeira e acusação de pedrada em brasileira

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12/07/2014 14h51

A invasão argentina tem proporcionado cenas inusitadas em Copacabana. Tem torcedores dormindo amontoados em seus carros, cozinhando em fogareiros na calçada, secando roupas em portas de veículos e até cochilando abraçado a uma lixeira, como fazia ontem um fã do time de Messi nas primeiras horas da madrugada. Claramente faltou hotel na cidade da final da Copa do Mundo. Não são todos os argentinos que estão na rua por opção. Nesta sexta à noite, a dificuldade de se encontrar vaga em hotéis no Rio já era enorme. Uma das poucas opções era conseguir um quarto em hotéis normalmente usados como motéis. E mais gente chegou desde então.

Quase todos agem de forma pacífica. Mesmo assim, uma brasileira acusa os argentinos de atirarem uma pedra nela, que vestia a camisa da seleção de Felipão e resolveu responder à uma música provocativa.

Com policiamento ostensivo, a situação parece sob controle nas ruas do bairro. Porém, é difícil imaginar que a maioria dos argentinos tenha ingresso para a decisão de domingo, contra a Alemanha. Aí mora o perigo, pois o Maracanã já foi alvo de invasão por parte de chilenos sem entradas. Com ingresso faltando, e argentino sobrando, a segurança da Copa terá seu teste mais duro justamente no último dia.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.