Oposição corintiana fica sem respostas sobre compra de Pato após denúncias
No dia 20 de maio, sete conselheiros do Corinthians enviaram ao presidente do clube, Mário Gobbi, um pedido de esclarecimentos sobre a contratação de Alexandre Pato. O grupo alegou que recebe constantes denúncias sobre as contratações de jogadores feitas pelo alvinegro e que sua intenção é esclarecer os fatos para que possa responder a "especulações que só tumultuam e denigrem a atual gestão".
Cerca de dois meses após o envio das questões, no entanto, nenhuma delas foi respondida. Os opositores querem saber qual foi o valor pago, quem recebeu comissões e qual a forma de pagamento. Entre os signatários do documento estão Antonio Roque Cidadini, ex-vice de futebol, e Paulo Garcia, candidato à presidência na última eleição.
O blog apurou que o grupo decidiu fazer as perguntas depois de ouvir de dois dirigentes que o Corinthians poderia ter pago 10 milhões de euros por Pato, que acabou custando 15 milhões de euros.
A primeira negociação para trazer o atacante foi conduzida por Luis Paulo Rosenberg, quando Andrés Sanchez era o presidente corintiano, mas não deu certo. Depois que Mário Gobbi assumiu a presidência a compra foi fechada sem a participação dele. Indagado pelo blog se o preço subiu após sua saída das tratativas, Rosenberg respondeu: "Não seria justo afirmar isto. O que sim se pode dizer é que eu iniciei a negociação com o Gilmar Veloz [empresário de Pato], e falávamos de dez milhões de euros por 100% do jogador. Isto ainda na gestão do Andrés. A operação foi fechada ao final de 2012, sem meu envolvimento. Mas, o mercado muda, talvez na época o melhor que se poderia fazer é o que foi feito", respondeu Rosenberg. Vice-presidente do clube, ele deixou claro que nunca chegou a estar fechado o preço de 10 milhões de euros.
O blog indagou a Gobbi, por meio de sua assessoria de imprensa sobre a afirmação dos conselheiros de que não receberam resposta sobre a negociação. O presidente disse que entregou tudo o que a oposição pediu, mas que não se lembra de um pedido específico sobre a compra de Pato. Os opositores também fizeram questionamentos sobre o balanço corintiano. "Mas já está autorizado que eles procurem o diretor jurídico, Luiz Alberto Bussab, para que lhes apresente todos os documentos dessa transferência", afirmou Gobbi.
Por sua vez Bussab declarou: "Não temos nada para esconder. É só ligarem aqui e marcarem um dia. Mostramos tudo que quiserem".
As perguntas também foram enviadas a Alexandre Husni, presidente do Cori (Conselho de Orientação) e Ademir de Carvalho Benedito, presidente do Conselho Deliberativo. Ambos afirmaram não se lembrarem de terem recebido as questões sobre Pato. O pedido foi endereçado com cópia aos dois.
Leia abaixo o documento com as perguntas dos conselheiros sobre a compra de Pato, hoje emprestado ao São Paulo.
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