Reformulação na seleção brasileira começa de maneira retrógrada
Começou mal a renovação na seleção brasileira proposta pela CBF. A entidade só confirmou a saída de Felipão no final desta tarde, mais de 24 horas após tomar a decisão.
O comunicado é pouco esclarecedor. Não traz os nomes dos outros integrantes da comissão técnica que estão fora da seleção. A mensagem fala em Scolari e seus companheiros de comissão. Porém, o médico José Luiz Runco diz que não se considera fora por prestar serviços para a CBF independentemente de quem é o treinador. Por sua vez, a assessoria de imprensa da confederação não sabe informar quem está desligado da seleção.
Além de demorar para dizer que aceitou a decisão de Felipão e auxiliares que entregaram seus cargos, Marin custa a dar uma entrevista coletiva sobre a crise instalada na CBF e na seleção. Ele só agora anunciou que falará com a imprensa. Será na quinta-feira, uma semana e dois dias após a Alemanha jogar a seleção brasileira no fundo do poço com o peso de uma goleada por 7 a 1 amarrado no pescoço.
Toda essa falta de transparência não combina com a profunda reestruturação e a modernidade que Marin e Del Nero pregam para recuperar a seleção. Até agora, a dupla reagiu à crise de maneira retrógrada, evitando os microfones, desprotegendo Felipão e Parreira, antes anunciados como os heróis nacionais que trariam o hexa, e permitindo a proliferação de especulações sobre o futuro treinador.
Nesse cenário, dá pra temer que a propalada renovação não passe de uma fina camada de verniz na carcomida estrutura do futebol brasileiro. Só falta Marin anunciar um interino, como Alexandre Gallo, das categorias de base da CBF, como substituto de Felipão. Seria uma atitude típica de dirigentes embolorados.
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