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Vexame do dia na seleção: Marin se cala enquanto Neymar dá entrevista

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10/07/2014 18h40

 

A seleção brasileira não para de dar vexames desde que entrou em campo para enfrentar a Alemanha pelas semifinais da Copa do Mundo. Um dia depois da derrota por 7 a 1, a comissão técnica protagonizou uma desastrosa entrevista coletiva na tentativa de justificar o fracasso.

Nesta quinta, o escalado para falar com os jornalistas foi Neymar, que estava no Guarujá, lesionado, quando seus colegas entraram para história em Belo Horizonte com a pior derrota da seleção. O vexame do dia não foi dele, mas de José Maria Marin. O presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local) apareceu na Granja Comary, mas não deu entrevista coletiva.

Numa inversão de papéis, o jogador de 22 anos falou e até assumiu responsabilidade na queda da seleção, enquanto o dirigente 60 anos mais velho, responsável pela contratação de Felipão e seus auxiliares, saiu da Granja Comary sem assumir nada publicamente. E sem dizer quais os planos da CBF para tirar a seleção do poço mais fundo no qual ela já se meteu.

Para a sorte da CBF, Neymar, em sua primeira Copa do Mundo, apesar de se emocionar ao falar de sua contusão, foi mais sereno do que Carlos Alberto Parreira, técnico de cinco seleções em Mundiais e campeão em 1994, e Felipão, três Copas nas costas e uma conquista. O moleque deu uma aula para a dupla de veteranos.

Com justificativas como a de uma pane de seis minutos ser a responsável pela tragédia diante da Alemanha, Felipão virou motivo de piada entre os jornalistas em Teresópolis. Parreira também, por causa de suas intervenções e da leitura da carta de uma torcedora, identificada apenas como Lúcia.

Por sua vez, Neymar não deu motivo para chacotas. Fez bem o papel que caberia a seu chefe Marin.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.