Em crise, cúpula do Palmeiras atua para aprovar forma de pagamento a Nobre
Em meio à pressão da torcida, que reclama dos maus resultados da equipe, a cúpula do Palmeiras começa a trabalhar nesta semana pela aprovação da forma de quitação da dívida do clube com Paulo Nobre. Nesta terça, acontece a primeira reunião para explicar aos conselheiros o formato escolhido para pagar os cerca de R$ 105 milhões emprestados pelo presidente. Devem participar dos encontros com grupos de aproximadamente 30 conselheiros, Nobre e representantes das mesas diretoras do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) e do Conselho Deliberativo.
O COF aprovou o projeto apresentado pelo presidente e que prevê o pagamento em até 15 anos. Havia o temor de que a falta de conhecimento prévio sobre a proposta provocasse rejeição. Por isso, estão sendo agendadas as reuniões, independentemente do momento turbulento. Nesta segunda, por exemplo, torcedores protestaram em frente à casa de Nobre, em Cotia, contra o fraco rendimento da equipe, 14ª colocada do Brasileirão.
Definir uma fórmula para o pagamento antes da próxima eleição no Palmeiras é uma preocupação tanto do atual presidente como do COF. A aprovação forçaria o próximo mandatário, caso Nobre não seja reeleito, a cumprir o acordo. Também impediria, por exemplo, o dirigente de tentar receber tudo de uma vez e reduz o risco de uma cobrança na Justiça.
Pelo projeto, Nobre receberá o dinheiro com juros inferiores a 1% ao mês. O valor da parcela nunca poderá ser maior do que 10% do faturamento mensal do clube. Para honrar compromissos do Palmeiras, o cartola usou seu crédito pessoal para conseguir dinheiro junto a instituições financeiras, repassando os valores para o alviverde.
A reunião em que o conselho tomará sua decisão deve acontecer no início de setembro.
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