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Em crise, cúpula do Palmeiras atua para aprovar forma de pagamento a Nobre

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12/08/2014 14h31

Em meio à pressão da torcida, que reclama dos maus resultados da equipe, a cúpula do Palmeiras começa a trabalhar nesta semana pela aprovação da forma de quitação da dívida do clube com Paulo Nobre. Nesta terça, acontece a primeira reunião para explicar aos conselheiros o formato escolhido para pagar os cerca de R$ 105 milhões emprestados pelo presidente. Devem participar dos encontros com grupos de aproximadamente 30 conselheiros, Nobre e representantes das mesas diretoras do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) e do Conselho Deliberativo.

O COF aprovou o projeto apresentado pelo presidente e que prevê o pagamento em até 15 anos. Havia o temor de que a falta de conhecimento prévio sobre a proposta provocasse rejeição. Por isso, estão sendo agendadas as reuniões, independentemente do momento turbulento. Nesta segunda, por exemplo, torcedores protestaram em frente à casa de Nobre, em Cotia, contra o fraco rendimento da equipe, 14ª colocada do Brasileirão.

Definir uma fórmula para o pagamento antes da próxima eleição no Palmeiras é uma preocupação tanto do atual presidente como do COF. A aprovação forçaria o próximo mandatário, caso Nobre não seja reeleito, a cumprir o acordo. Também impediria, por exemplo, o dirigente de tentar receber tudo de uma vez e reduz o risco de uma cobrança na Justiça.

Pelo projeto, Nobre receberá o dinheiro com juros inferiores a 1% ao mês. O valor da parcela nunca poderá ser maior do que 10% do faturamento mensal do clube. Para honrar compromissos do Palmeiras, o cartola usou seu crédito pessoal para conseguir dinheiro junto a instituições financeiras, repassando os valores para o alviverde.

A reunião em que o conselho tomará sua decisão deve acontecer no início de setembro.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.