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Time ruim? Brunoro fica? Veja 10 discussões da eleição palmeirense

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28/11/2014 06h00

Abaixo, dez temas que embalam a disputa eleitoral no Palmeiras. A eleição em que os sócios vão escolher entre o atual presidente, Paulo Nobre, e o opositor Wlademir Pescarmona, acontece no próximo sábado.

1 – Timeco?

A qualidade da equipe montada pela atual diretoria é uma das principais armas da oposição. "O Mustafá criou o bom e barato, agora apoia o Nobre, que fez o time ruim e caro", diz o conselheiro José Corona Neto. Ele votou no atual presidente, mas virou opositor.

2 – Obrigação?

Pagar salário em dia virou trunfo de correligionários de Nobre. Eles afirmam que o presidente não atrasou pagamentos aos jogadores. Sua reeleição seria a garantia de que o mês continuará tendo 30 dias.

3- Tomara que caia?

As últimas derrotas palmeirenses aumentaram o risco de queda para a Série B. E a oposição passou a usar uma declaração de Nobre dada à "Revista Placar" na qual ele diz: "Não acho certo eleger presidente que caiu". O cartola se referia a Mustafá Contursi. O áudio foi divulgado em reportagem do site da "Espn".

4 – Cervejinha?

Nos últimos dias fez sucesso na situação um vídeo postado no Youtube em que Pescarmnona diz que está "meio de fogo". Em mensagem para os sócios, sem citar o episódio, o oposicionista afirmou que não falaria sobre o que dizem a respeito de Nobre nas redes sociais.

5 – Sérgio do Prado renasce?

O departamento jurídico do Palmeiras contratou recentemente a ex-secretária de Sérgio do Prado, ex-gerente de futebol e com grande rejeição entre conselheiros. Quem não gosta dele reclamou e a oposição diz que é um indício de que Prado pode voltar. A diretoria, por meio de sua assessoria de imprensa, confirma a contratação da secretária, mas nega que o ex-gerente possa retornar.

6 – Brunoro imortal?

Os oposicionistas afirmam que, se o presidente for reeleito, o principal executivo contratado por Nobre pode permanecer no clube, ainda que fora do futebol. Cogitam sua ida para o departamento de marketing. Os situacionistas declaram que ele sairá do Palmeiras. Oficialmente, a direção diz que todos serão avaliados ao final da gestão.

7 – Padrão Fifa?

Parte dos sócios que não conseguiram bilhetes para a inauguração da arena palmeirense ficou revoltada e diz que não votará em Nobre como represália.

8 – Brincadeira?

Alguns sócios do clube dizem que Nobre fez poucas obras na parte social, mas que no período eleitoral reformou um parquinho. Reclamam que o material usado em alguns brinquedos esquenta demais com o sol, incomodando as crianças. Essa turma alega que não votará no presidente porque está descontente com as dependências do Palmeiras.

9 – Milhão ou tostão?

De um lado, entusiastas de Nobre dizem que o presidente do clube precisa ter uma vida financeira tranquila e crédito na praça, como o atual mandatário. Ele emprestou cerca de R$ 150 milhões ao Palmeiras. Para esse grupo, é uma grande desvantagem Pescarmona não poder fazer o mesmo. Já os opositores respondem que Nobre nasceu em berço de ouro, não precisou ralar e é juvenil como administrador. "Há os que me atacam por ser humilde. Por ter uma empresa média, que graças a Deus, permitiu que sustentasse minha família com honestidade. Ser rico não garante sucesso", afirmou o opositor em mensagem enviada aos eleitores.

10  – Quem é o pai?

Situacionistas afirmam que Aldo Rebelo quer pegar carona na Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como o primeiro torneio de abrangência mundial entre equipes da Europa e da América do Sul. O ministro do Esporte apoia Pescarmona. Recentemente, o ministério anunciou que recebeu documento da federação internacional confirmando o torneio como primeiro Mundial de Clubes. O ministro cita a competição em vídeo de apoio a Pescarmona. O troco da situação é apontar Mustafá, aliado de Nobre, como mentor do pedido do reconhecimento.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.