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Santos busca dinheiro para não perder jogadores por falta de pagamento

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17/12/2014 11h50

O Santos precisa de dinheiro para evitar que no quinto dia útil de janeiro complete três meses de salários atrasados, sem contar direito de imagem. Se isso acontecer, seus jogadores poderão pedir na Justiça o desligamento do clube, sem pagar indenização.

Além dos valores registrados nas carteiras de trabalho, há atrasos em direitos de imagem. Esse débito também dá margem para que os atletas tentem a quebra do vínculo a partir do terceiro mês, desde que o juiz entenda o direito de imagem como salário.

Um dos casos que preocupam é o de Arouca, que interessa ao Palmeiras e poderia aproveitar o calote para facilitar sua saída.

Ciente das dificuldades financeiras do clube, Modesto Roma Júnior, presidente eleito do Santos, visitou a Federação Paulista e aproveitou para saber se o clube tem valores para receber da entidade. Ouviu não como resposta.

Procurado pelo blog, no entanto, Modestinho, como é mais chamado na Vila Belmiro, não demonstrou preocupação por acreditar que seus antecessores cuidarão do assunto. "A diretoria atual ainda tem seus compromissos para honrar". Ele toma possa na segunda-feira à noite.

De fato, Odílio Rodrigues, atual presidente, trabalha em busca de uma saída. A alternativa mais viável é acelerar a assinatura do contrato de patrocínio com a Huawei, acertado verbalmente, para que antes do próximo dia de pagamento, em janeiro, a empresa já libere uma verba ao clube. Ela deve pagar R$ 18 milhões para ser a patrocinadora principal da camisa santista por um ano.

Apesar dos atrasos com os atletas, os salários dos funcionários e da comissão técnica estão em dia.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.