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Negociação do Corinthians por Jonas teve preço dobrado e desconto relâmpago

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07/01/2015 07h10

A emperrada negociação do Corinthians pelo volante Jonas, que disputou a Série B do Brasileiro pelo Sampaio Corrêa, teve valor dobrado na última hora, desconto repentino e a irritação de Mário Gobbi. Tudo isso resultou em impasse no negócio que chegou a ser dado como certo.

A história começa em novembro, quando o Corinthians acenou para a Dut's Marketing Esportivo, estar disposta a pagar R$ 1,5 milhão por 50% dos  direitos econômicos do jogador, vinculado à empresa.

De acordo com a direção alvinegra, após o Campeonato Brasileiro, o gerente de futebol Edu Gaspar comunicou que o valor tinha subido para R$ 3 milhões. O funcionário estava pronto para fechar o negócio, mas Gobbi ficou invocado. Disse que um jogador não pode valer R$ 6 milhões (já que 50% dos direitos valeriam R$ 3 milhões) sem ainda ter despontado no cenário nacional.

Pouco depois, Edu trouxe a notícia da Dut´s, do empresário Eduardo Maluf, homônimo do dirigente do Atlético-MG, de o jogador seria negociado por R$ 2 milhões. Gobbi bateu o pé e disse que só aceitaria pagar R$ 1,5 milhão. Aí a negociação emperrou.

O blog procurou a assessoria de imprensa da Dut´s que informou que Maluf entraria em contato, o que não ocorreu até a publicação deste post. No dia 29 de dezembro, ele havia informado em sua conta no Facebook que a contratação tinha sido oficializada. "O garoto Jonas, o maior 'ladrão' de bola do país em 2014 assina com o Corinthians por quatro anos. Jonas, mais um agenciado da Dut´s Marketing Esportivo", escreveu o empresário na ocasião.

O caso é mais um em que o presidente corintiano se irrita com negociações tocadas por Edu Gaspar, homem de confiança de Andrés Sanchez e de Roberto de Andrade, candidato da situação à presidência do clube. O dirigente já havia vetado a contratação do goleiro Danilo, além de até agora se recusar a fechar como Óscar, irmão de Ángel Romero, deixando a negociação para o próximo presidente. Gobbi também por pouco não vetou a chegada do colombiano Stiven Mendoza.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.