Em ministério, CBF deixa a impressão de que só quer salvar sua própria pele
A visita de Marco Polo Del Nero ao Ministério do Esporte nesta terça deixou na pasta a impressão de que a CBF só quer mudar a Medida Provisória que refinancia as dívidas dos clubes por interesse próprio. Ela estaria mais preocupada em evitar o que considera ingerência governamental na administração da entidade do que em outras questões.
Assim, no entendimento do ministério, a confederação aceita deixar de lutar contra a MP desde que seja vetado todo o artigo 5º. Ele prevê que os clubes que aderirem ao programa de refinanciamento só poderão disputar competições organizadas por entidades que limitem a reeleição de seus presidentes. Só serão permitidos dois mandatos de quatro anos cada. Além disso, os atletas terão direito a voto e farão parte da diretoria.
Ouvido pelo blog, Walter Feldman, secretário-geral da CBF e que participou da visita ao Ministério, negou que a confederação tenha pedido a retirada do artigo 5º. "Foi uma visita institucional, não para negociar a MP. Claro que foi tocado no assunto, mas não pedimos para derrubarem esse artigo. Não estamos preocupados com a CBF, estamos preocupados com os clubes", afirmou o dirigente.
Porém, ele admitiu que a maioria dos pontos considerados inconstitucionais pela CBF está no artigo quinto. Na opinião da entidade, ele fere a autonomia da confederação e das federações. "Nós entregamos ao ministro o documento elaborado com os clubes no qual listamos os pontos com os quais não concordamos".
O documento citado por Feldman traz oito tópicos em que a confederação faz críticas à MP. Cinco deles têm alguma relação com o artigo 5º.
Apesar do tom cordial adotado no encontro, o ministro George Hilton (PRB-MG) manteve sua posição de defender a MP no formato atual.
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