Luxa, Abílio Diniz e Roberto Justus. Até eles têm a ver com a crise do SPFC
O Morumbi ferveu na véspera do decisivo duelo do São Paulo contra o San Lorenzo na Argentina, nesta quarta. A agitação começou por causa dos reflexos da reunião do Conselho Deliberativo do clube, na segunda. Palpites sobre o futuro do time em caso de fracasso na Libertadores, e uma reunião com a presença dos empresários Abílio Diniz e Roberto Justus completaram o cenário crítico.
Veja abaixo quem deu o que falar no São Paulo nesta terça.
Vanderlei Luxemburgo – A proximidade do jogo com o San Lorenzo intensificou a discussão sobre o que fazer se Muricy Ramalho pedir demissão ou for demitido depois da Libertadores. A onda de incertezas fez Luxa ganhar forte lobby de um conselheiro com acesso a Carlos Miguel Aidar. Ele tenta angariar o apoio de aliados do presidente para convencer o cartola de que o técnico do Flamengo é o nome certo, se Muricy sair.
Roberto Justus – O empresário e apresentador de TV é consultor do Conselho Consultivo do São Paulo. Na reunião do órgão nesta terça, Justus desandou a elogiar o atual contrato do clube com a Globo, que ele ajudou Juvenal Juvêncio a assinar. Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol, surpreendeu dizendo que o acordo é péssimo. Foi constrangedor. Justus não gostou, e rebateu. Por fim, Ataíde afirmou que o empresário não é o grande culpado pelo contrato, responsabilizando Juvenal. A reação do vice se justifica. Quando atuava no Clube dos 13, ele foi contra o modelo atual, negociado separadamente com a emissora. Defendia um acordo coletivo.
Abílio Diniz – Também consultor, o empresário participou da reunião do Conselho Consultivo. Ele afirmou que conversa com membros da comissão técnica e jogadores do São Paulo frequentemente. Logo conhece os reais problemas da equipe. Em seguida, o figurão se colocou à disposição para ajudar o vice de futebol a deixar a casa em ordem. Diniz, no entanto, não é visto com bons olhos por aliados de Aidar, que o consideram alinhado com Juvenal.
Carlos Augusto de Barros e Silva – Mais conhecido como Leco, o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo foi um dos protagonistas da turbulência. Na reunião na noite anterior, ele externou queixas contra Aidar. Disse aos conselheiros que foi censurado pelo presidente por não aceitar colocar em análise contratos assinados durante a gestão de Juvenal Juvêncio. Para Leco, o Conselho deve se preocupar com os acordos definidos pela atual gestão. Ele também afirmou que Aidar aprovou os contratos de Juvenal e chamou o mandatário de mentor da manobra que JJ fez para esticar sua permanência no poder. Para a diretoria, as palavras de Leco soaram como uma declaração de guerra. E ele passou a tarde toda sendo atacado internamente por situacionistas.
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