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Patrocinador misterioso em final causa polêmica no Santos

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30/04/2015 13h16

A Prefeitura de Santos afirma, oficialmente, que não paga um centavo para estampar a marca do Museu Pelé na camisa do alvinegro na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. O clube, porém, diz, extraoficialmente, que vendeu por R$ 800 mil o espaço principal em seu uniforme nos dois jogos da decisão. Então, quem está pagando a conta? Essa pergunta provoca polêmica na Vila Belmiro e consolida uma dissidência política no grupo que elegeu o atual presidente, Modesto Roma Júnior.

"A prefeitura não patrocinou, nem repassou dinheiro público de forma direta ou indireta ao Santos Futebol Clube. O apoio ao SFC é apenas institucional. Não há qualquer tipo de acordo ou compromisso presente ou futuro de repasses de verbas públicas ao clube", disse a assessoria de imprensa da prefeitura em nota enviada ao blog na última quarta.

A informação de que o patrocínio seria gratuito deixou indignado o coordenador da campanha de Modesto à presidência, Vasco Vieira, agora crítico da administração. "Ele (o atual presidente) prometeu transparência durante a campanha, mas não está sendo transparente nesse caso, e em outros também. A prefeitura nunca retribuiu o Santos pelo trabalho que o clube fez de divulgação da cidade no mundo inteiro. Então, tem que pagar para anunciar na camisa, ainda mais diante do caos financeiro enfrentado pelo Santos", disparou Vieira.

Por sua vez, Modestinho, como é conhecido o cartola santista, diz que foi criada uma confusão em relação ao patrocínio. Ele afirma que o fato de o município não pagar pela divulgação não significa que o Santos deixe de ser remunerado. "A prefeitura não pode bancar o patrocínio por motivos legais. Mas o museu tem parceiros interessados em divulgar a casa. Um deles está pagando pelo patrocínio, mas não quer aparecer", declarou o dirigente ao blog.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.