Acerto com pai de Neymar pressiona técnico do Santos
Marcelo Fernandes conquistou o título paulista em seu primeiro trabalho como treinador e, em seguida, obteve um empate e uma vitória no início do Brasileirão. Mas a situação do técnico do Santos não é tão confortável como poderia, apesar de ele não correr risco imediato de demissão.
O problema é o contrato assinado pelo treinador para que o pai de Neymar gerencie sua carreira. Santos e Neymar pai estão em pé de guerra por causa da transferência do jogador para o Barcelona. Conselheiros e dirigentes não engolem o fato de a empresa de Neymar pai ter faturado 40 milhões de euros na negociação, principalmente por causa de um adiantamento de 10 milhões de euros. O clube foi à Justiça para tentar ter acesso aos documentos da transação. Desde então, o pai do craque não é visto com bons olhos pelos cartolas santistas.
Assim, o acordo de Fernandes com o empresário gerou reclamações de conselheiros. Parte do grupo que apoiou sua efetivação como treinador se revoltou por entender que ele não deveria se aproximar de um desafeto do clube.
A direção do Santos sabe que não tem o direito de interferir nas decisões pessoais do técnico. Mas está preocupada. Avalia que a paciência com o treinador por parte dos que não gostam de Neymar pai será menor. Ou seja, em caso de uma sequência de resultados negativos a pressão pela troca de técnico será maior do que seria.
Nesse cenário, ficou prejudicado o plano inicial de manter Fernandes como membro permanente da comissão técnica do clube caso o Santos decida contratar outro treinador. Os conselheiros descontentes exerceriam uma pressão insustentável pela demissão do cliente de Neymar pai.
Internamente, diretores se queixam ainda de que o técnico poderia ter consultado a cúpula santista antes de selar o acordo. Ele não receberia um pedido para desistir do negócio, mas ouviria sobre os efeitos colaterais de sua decisão.
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