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Esperança do Corinthians é vender Elias para exterior após Copa América

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26/05/2015 06h30

A diretoria do Corinthians admite que gostou da ideia de vender Elias para o Flamengo e que só não fez o negócio porque o jogador não quis. A saída do volante ajudaria o clube a reduzir seus gastos, por isso, o alvinegro não desistiu de conseguir uma transferência para ele.

Como Elias disse que apenas sai para jogar no exterior, a esperança é de que ele faça uma boa Copa América, entre junho e julho, e apareça uma proposta estrangeira.

Na análise da diretoria, o volante é um grande jogador, mas que atuou bem nos dois primeiros meses do ano e caiu de rendimento em seguida.

A questão central é que o clube não suporta mais bancar salários como o dele, na casa de R$ 500 mil. Muito menos arcar com o compromisso de pagar 4 milhões de euros por 50% de seus direitos econômicos.

O Flamengo negociava para assumir os 2 milhões de euros que o Corinthians ainda precisa pagar em 2016 e 2017 ao Sporting pela compra de Elias, além de dar uma compensação financeira que poderia incluir um jogador.

Assim, o clube explicou ao volante que continuará com sérias dificuldades para pagar a remuneração dele e dos demais atletas se não diminuir o valor da folha salarial, que é de cerca de R$ 9 milhões mensais. Por isso, seria um bom negócio para todas as partes ele aceitar jogar no Flamengo.

Elias argumentou que até toparia sair se fosse para ajudar o Corinthians, mas que seu desejo seria continuar. Porém, ele não queria correr o risco de ser chamado de mercenário pela torcida, como fazem agora alguns torcedores com Guerrero. Para isso não acontecer, o clube teria que assumir publicamente que a intenção de fechar o negócio era só dele, o que não aconteceu.

Com a transação frustrada, os cartolas corintianos acreditam que Elias pode chamar a atenção de clubes estrangeiros durante a Copa América (ele afirmou aceitar uma transferência para a Europa). Sua saída é uma das principais bombas que a atual direção precisa desarmar para tentar voltar a remunerar em dia seus jogadores. Curiosamente, foi o mesmo grupo político que está no poder que armou essa explosiva situação financeira.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.