Corinthians em alerta: executivo preso é amigo de Andrés e ajudou na arena
A construção da Arena Corinthians passa por Alexandrino Alencar, executivo da Odebrecht preso nesta sexta na nova fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele e Emílio Odebrecht ouviram de Lula, quando ainda era presidente, o pedido para erguer a arena corintiana. Quem conta a história é Andrés Sanchez, em seu livro "O mais louco do bando", no qual ainda afirma ser amigão de Alexandrino.
A prisão do executivo deixou cartolas e conselheiros do clube em estado de alerta. As investigações feitas pela PF, que já eram acompanhadas de longe, agora ganharam atenção especial. Principalmente por parte de conselheiros da oposição, que reclamam que o estádio corintiano é uma caixa-preta.
Curiosamente, após muito tempo pedindo informações sobre a arena, os líderes da oposição alvinegra dizem que agora nada farão. Não podem obter mais dados do que a polícia federal irá conseguir, avaliam.
Então, é cruzar os braços e ver se as investigações atingem ou não o estádio. E, enquanto isso, ler ou reler a obra de Andrés. No livro, ele detalha o encontro que teve com Alexandrino para falar sobre o estádio pela primeira vez.
Andrés escreveu: "Com seu usual tom ameno, amistoso, Alexandrino contou de uma viagem que tinha feito a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da empresa. Na reunião, a construtora tratava com o presidente Lula de assuntos do setor petroquímico. À saída, Lula, despedindo-se de Odebrecht e Alexandrino, mudou de assunto: bem que vocês podiam dar uma mão para esse garoto, presidente do Corinthians, fazendo o estádio, heim?"
O ex-presdiente corintiano, atualmente deputado federal pelo PT-SP e superintendente de futebol do clube, também explica na publicação que Alexandrino era seu "amigão do peito, quase parente". Conta que se conheceram quando o executivo era diretor da empresa OPP, que depois deu origem a Braskem, "de quem a Sol (da família de Andrés) sempre foi uma das principais clientes" na compra de matréia-prima para embalagens.
Alexandrino foi preso numa operação que nada tem a ver com estádios. A PF investiga a existência de um cartel de construtoras, movido a propinas, que atuava na Petrobras.
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