'Sinto alívio. Neymar pai era herói', diz executivo que se sentiu enganado
Em fevereiro do ano passado, José Barral, presidente do Grupo Sonda, disse ao blog que a negociação de Neymar com o Barcelona tinha sido para enganar a DIS, empresa controlada pelo grupo comandado por ele.
Nesta semana, a Justiça espanhola abriu processo contra Neymar, seu pai e mais três dirigentes, após queixa-crime apresentada pela DIS. Ela tinha 40% dos direitos econômicos do jogador e quer receber essa fatia do contrato de 40 milhões de euros assinado entre o clube espanhol e a empresa dos pais do atacante, além de outros valores. A acusação é de fraude nos acordos que selaram a transferência do craque.
Veja abaixo depoimento dado pelo executivo ao blog, nesta quinta, sobre o assunto. Ele disse que não poderia falar sobre detalhes do processo porque é o advogado da empresa quem cuida do caso. Neymar e seu pai sempre negaram irregularidades.
"Continuo com a minha opinião de antes. A negociação foi feita para enganar a DIS, com certeza. Agora, acho estranho dizer que o Santos foi enganado. Certamente, alguém no Santos sabia o que estava acontecendo, não a instituição.
A sensação com a decisão da Justiça espanhola de abrir o processo não é de gratificação, é de alívio. De ver que vale a pena você fazer as coisas da maneira correta. Se você faz do jeito errado, uma hora aparece. Se tem crime, uma hora é descoberto. Veja o que está acontecendo.
Não quero ser político, mas acho que a abertura do processo é importante para as pessoas aprenderem a cumprir contrato nesse país. Ninguém no Brasil cumpre contrato.
Também é importante porque aqui falam que tudo no futebol é culpa do empresário, mas não enxergam que às vezes tem outras estruturas nesse meio que atrapalham. Tem empresário bom e ruim como em todos os setores.
Mas, infelizmente, no Brasil tratam o ídolo de uma maneira um pouco equivocada. Nunca é culpa do jogador. O pai dele era tratado como herói, e a DIS falando que estava sendo enganada, mas ele era herói por ganhar o que ganhou. A gente não quer atingir o ídolo Neymar. A DIS só entende que uma parte do que foi negociado pertence a ela, e é isso que estamos buscando. Quem gosta de mexer com futebol acabar enganado é uma coisa que não pode acontecer mais. Espero que a ação seja o começo de uma mudança."
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