"Tenho honra em trabalhar na CBF", diz Marco Aurélio Cunha
Entrevista com Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF, sobre o escândalo de corrupção que atinge a entidade.
Como conselheiro e dirigente do São Paulo o senhor pregava transparência e lisura da administração. Como é agora trabalhar numa entidade que tem seu vice-preisdente (afastado temporariamente), José Maria Marin, preso na Suíça acusado de participar de um esquema de corrupção?
Vim para CBF como parte de uma grande mudança. Vim para fortalecer o futebol feminino dentro desse processo de transformação, de mudança de postura. Hoje, conversamos muito com os parceiros do futebol feminino, dialogamos com todos. O Marco Polo (Del Nero, presidente da CBF e que também pode ser atingido pelo escândalo) quer transparência em todos os setores.
As denúncias da Justiça americana tratam também de casos de corrupção quando Marin e Del Nero já estavam no comando. Isso não pode significar que as mudanças são apenas superficiais?
Não, converso muito com o Marco Polo, tenho certeza de que ele quer transparência, quer que a CBF mude. Ele sempre deixou isso muito claro nas nossas conversas.
O senhor pode pedir demissão se for comprovada a culpa de dirigentes da CBF?
Não. Eu me sinto muito honrado por trabalhar na CBF. Nunca vou desistir de lutar pelo que gosto, que no caso é a seleção brasileira. Meu trabalho aqui tem algo de patriótico, é como servir o país.
Isso não mudaria com a comprovação de casos de corrupção?
Não. Se isso acontecer, como faremos? Vamos fechar a CBF? Como ficaria o futebol brasileiro? Vou ficar aqui, nunca vou ter vergonha de lutar para mudar as coisas. Estamos num momento de mudanças profundas na nossa sociedade. Até as pessoas com pensamento mais tradicional perceberam que precisam mudar. Elas estão enxergando que, se não mudarem, vão cair numa vala comum.
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