Justiça não acha assessor de Andrés que é réu por morte de rivais. É fácil
Nesta quarta, às 17h42, o blog telefonou para o escritório do deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) em São Paulo procurando por Alex Sandro Gomes, o "Minduín", secretário parlamentar do ex-presidente corintiano. Ele não estava, mas, às 18h04, ligou de volta. Ou seja, foi possível fazer em 22 minutos algo que a Justiça não conseguiu em meses: saber onde ele pode ser encontrado.
Gomes é um dos réus em processo referente ao assassinato de dois palmeirenses da Mancha Alviverde por corintianos da Gaviões da Fiel em 2012. Apesar de ser funcionário público nomeado por um deputado, com direito a publicação no Diário Oficial da União, ele está em local incerto e não sabido para a Justiça.
Por isso, no último dia 14, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo um edital comunicando a denúncia feita contra Gomes e outros acusados não localizados para que eles se defendam por escrito em dez dias.
"Se não forem localizados, o processo pode ficar suspenso em relação a eles por 20 anos, sem prescrição de pena, mas segue em relação aos outros", explicou ao blog a promotora Cláudia Ferreira Mac Dowell, que apresentou a denúncia, aceita pela Justiça em março deste ano.
Por sua vez, "Minduín" diz que nem estava no local do crime, a avenida Inajar de Souza, onde aconteceu uma das mais violentas batalhas entre as duas torcidas organizadas. "Achei que você estava me ligando para dizer que retiraram a acusação. Só fico sabendo desse processo por você (o blog telefonou para ele quando a denúncia foi feita). Não recebei nada da Justiça, não conheço a denúncia".
Não recebeu porque os oficiais de Justiça não foram ao escritório de Andrés, onde Gomes trabalha. Ele foi procurado em outros três endereços em que não estava. Entre eles, o Sindicato dos Bancários.
"Pode me mandar o número do processo? Vou ver, mostrar para meu advogado e depois te respondo", disse o secretário parlamentar. Ele não entrou mais em contato com o blog.
Além de Gomes, até ontem não tinham sido localizados pela Justiça os réus Damião Rogério Fagundes de Oliveira, Jefferson Lucena de Oliveira e Bruno Sérgio da Silva.
O secretário parlamentar e mais 13 integrantes da Gaviões são acusados de homicídio qualificado (por motivo torpe) e formação de bando ou quadrilha. Onze membros da Mancha foram denunciados formação de quadrilha ou bando por causa da mesma briga. Na batalha morreram Andrés Alves Lezo e Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira.
Ninguém foi acusado de dar os golpes que provocaram as mortes, pois foi impossível identificar os autores. Mas a denúncia do Ministério Público aponta "Minduín" e outros corintianos como organizadores e participantes do confronto. Além de convocar membros da torcida para a batalha, eles teriam acompanhado o deslocamento dos brigões por rádio e celular.
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