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Orlando quase triplica salário de Ganso. Oferta é de US$ 3 milhões anuais

Perrone

22/07/2015 06h00

Atualizado às 11h54

É grande a lista de vantagens que Ganso terá se vingar sua transferência para o Orlando City. A principal delas seria sentida no bolso. O time norte-americano está disposto a pagar US$ 3 milhões (cerca de R$ 9.517.500) por ano ao meia. Seriam US$ 15 milhões (R$ 47.587.500) por cinco anos de contrato.

Para morar na terra da Disney, ele receberia, então, quase o triplo do que ganha no São Paulo. Hoje, Ganso tem direito a cerca de R$ 300 mil (US$ 94,3 mil) mil mensais ou, contando 13º salário, a aproximadamente R$ 3,9 milhões (cerca de US$ 1,2 milhão) por ano.

Outro ponto a favor da mudança para Ganso é a dificuldade financeira enfrentada pelo São Paulo. No Orlando, ele deve se livrar de pagamentos atrasados, ainda que o meia não tenha demonstrado insatisfação com a situação.

Em tese, mais um atrativo é a chance de se afastar das críticas de parte da torcida são-paulina e da imprensa brasileira. Aparentemente, os torcedores do time da Flórida são mais dóceis.

A balança pende ainda mais para o lado do Orlando por causa da oportunidade que Ganso teria de reencontrar Kaká. Seu desempenho, assim como o do time inteiro, melhorou quando o ex-jogador da seleção brasileira esteve de volta ao São Paulo por empréstimo.

Aliás, aquela passagem de Kaká pelo Morumbi tem tudo a ver com o interesse do clube norte-americano em Ganso. Como mostrou o UOL Esporte, o Orlando alega existir uma dívida do time brasileiro que teria sido gerada durante o empréstimo. O valor cobrado é de aproximadamente R$ 13,9 milhões. Em troca dos 32% dos direitos econômicos do meia pertencentes ao São Paulo, a agremiação norte-americana perdoaria a dívida e daria mais aproximadamente R$ 5 milhões. O clube brasileiro, por sua vez alega que já fez um acordo para quitar parte do débito por R$ 1,7 milhão. Na manhã desta quarta, após a publicação deste post, o São Paulo informou que recusou a proposta norte-americana.

Se não houver uma reviravolta e o negócio não der certo, a tendência é que o estafe de Ganso reivindique uma renovação antecipada do contrato do jogador, que tem mais um ano e meio de validade. Assim, ele poderia ter um aumento.

Além de buscar o entendimento com o São Paulo, a equipe de Kaká ainda precisaria negociar com a DIS, empresa do Grupo Sonda, dona de 68% dos direitos econômicos de Ganso.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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