Abilio Diniz vira guru e, sem querer, põe presidente do São Paulo em xeque
Com Guilherme Palenzuela, do UOL, em São Paulo
Abilio Diniz não é membro do conselho deliberativo do São Paulo, mas ganhou status de líder no clube após seu discurso na última reunião do órgão. Foi aplaudido de pé pelos conselheiros que avalizaram o plano de gestão detalhado por ele.
Assim, sem querer, o empresário colocou Carlos Miguel Aidar numa situação delicada. Se o presidente não aplicar as medidas sugeridas por Abilio, provavelmente, deixará de ter o apoio do empresário e vai desagradar aos conselheiros que ovacionaram Diniz. A oposição já diz nos bastidores que espera Abilio de braços abertos, caso isso ocorra.
Mas, se colocar em prática os ensinamentos do empresário, Aidar enfraquecerá sua diretoria, o que pode gerar insatisfações em seu grupo político.
O plano de gestão prevê que diretores percam suas funções executivas, que seriam exercidas por profissionais. Os vice-presidentes se limitariam a aconselhar o presidente. Também seria criado um conselho de administração, capitaneado pelo presidente do clube, que passaria as diretrizes a serem seguidas pelos executivos. A instalação desse novo órgão precisa ser aprovada pelo conselho deliberativo.
A nova disputa interna que o plano tem potencial para detonar já pode ser medida pelas interpretações sobre o discurso de Abilio. Integrantes da situação afirmam que o clube deu um enorme passo para a sua pacificação, que os diretores não perderão força e que o conselho de administração será acima de tudo um órgão para representar conselheiros na gestão. Lembram ainda que a profissionalização já era pregada por Aidar em sua campanha.
"O discurso do Abilio foi excelente. E a reunião foi histórica, sem ataques. Os conselheiros entenderam que o São Paulo precisa de união", disse Júlio Casares, vice-presidente do clube.
Para a oposição, está claro que os cartolas vão perder força, caso o plano seja levado adiante. Os oposicionistas acreditam que esse enfraquecimento vai provocar turbulência no grupo que está no poder.
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