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Do jeito de falar ao currículo. As críticas de parte dos jogadores a Osorio

Perrone

22/08/2015 06h00

Pouco depois de desembarcar no Morumbi, Juan Carlos Osorio foi coberto por elogios despejados pela direção e jogadores do São Paulo. Pelo menos publicamente, não se fala em trocar de técnico e ele continua com fãs no elenco, mas a situação mudou. O colombiano agora também recebe críticas internas feitas por parte dos atletas e dirigentes. Abaixo, veja as principais.

Falha de comunicação – Parte dos jogadores se queixa internamente de que Osório é muito teórico e que suas explicações várias vezes são cansativas. Até o jeito de falar do treinador incomoda essa ala do elenco, que considera suas frases longas demais e a pronuncia muito lenta.

Currículo – Jogador brasileiro é famoso por medir seus técnicos pela quantidade e grandiosidade de seus títulos. Foi o que aconteceu com Osorio no São Paulo. Alguns atletas do time buscaram no Google informações sobre o currículo do chefe. Desde então, parte do elenco comenta longe dos microfones que ele não ganhou nenhum título de expressão. Osorio levantou taças na Colômbia e uma nos Estados Unidos, da Conferência Leste da Major League Soccer, com o New York Red Bull.

Mudanças – As constantes alterações feitas pelo treinador também são criticadas por alguns atletas. A principal queixa é de que ele tira de alguns jogos titulares que não pediram para serem poupados.

Contratação – Tem jogador são-paulino que afirma ser uma bola fora de Osorio pedir o colombiano Wilder. O desempenho dele no segundo tempo da derrota por 2 a 1 para o Ceará reforçou o pensamento de quem considera que o técnico errou na indicação.

Milton Cruz – O fato de Osorio ouvir muito seu assistente incomoda dirigentes que queriam a demissão de Milton antes da contratação do colombiano. Acreditam que o auxiliar acaba tendo influência exagerada nas escalações. Isso porque o técnico ainda está conhecendo o clube e precisa ouvir quem é de sua confiança.

Escalações – Além das mudanças, cartolas reclamam de jogadores atuarem fora de suas posições, como o lateral-esquerdo Carlinhos. Também desejam a saída do zagueiro Luiz Eduardo do time e querem mais espaço para atletas da base, como João Schmidt, Auro e Matheus Reis.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.