Presidente corintiano diz dar 500 entradas por jogo para CBF. Entidade nega
Pressionado por parte dos conselheiros e sócios a reduzir o número de ingressos gratuitos nos jogos do time em seu estádio, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse ao conselho deliberativo do clube que é obrigado por regulamento a dar 500 ingressos de graça por jogo só para a CBF.
Por meio de seu departamento de comunicação, no entanto, a Confederação Brasileira respondeu que a informação não procede.
A declaração do cartola foi dada na reunião do conselho na última segunda, após ele ser indagado pelo conselheiro Rubens Gomes sobre o número de gratuidades em cada partida. Andrade alegou que é obrigado a distribuir uma série de entradas para patrocinadores e parceiros, além das centenas de bilhetes para a CBF. O dirigente não detalhou os números, mas ficou de apresentar os dados ao conselheiro.
Apesar de o dirigente afirmar que a suposta exigência da CBF é prevista nas regras do campeonato, essa obrigação não aparece no regulamento geral das competições divulgado no site da entidade. O artigo 81 decreta só que a CBF terá o direito de adquirir, com pagamento prévio, a quantidade máxima de ingressos correspondente a 2% da capacidade dos estádios, desde que faça o requerimento por escrito até três dias úteis antes das partidas.
O blog tentou entrevistar Andrade, mas não obteve resposta da assessoria de imprensa do clube.
Por sua vez, Lucio Blanco, gestor da arena, disse que o número de ingressos gratuitos por jogo é superior a 500, levando-se em conta todos os parceiros, patrocinadores e a CBF, sem detalhar quantos bilhetes vão para cada um.
As gratuidades interferem no pagamento da arena, já que o clube quita a construção com o dinheiro arrecadado pelo estádio. O controle por parte dos associados e conselheiros ficou mais difícil, pois o Corinthians deixou de divulgar nos relatórios financeiros das partidas quantos ingressos foram gratuitos. Sobre a não publicação desses dados, Blanco afirmou que se trata de uma questão interna e administrativa.
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