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Pressionada, CBF diz que chefe dos juízes está prestigiadíssimo

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18/08/2015 08h26

O dia seguinte à chuva de erros de arbitragem na rodada do Brasileirão foi de pressão de dirigentes pela demissão de Sérgio Corrêa, chefe dos juízes. Porém, a CBF não deu sinais de que está disposta a entregar a cabeça dele. Pelo menos oficialmente, a reação é contrária. "O Sérgio está prestigiadíssimo. O trabalho do árbitro é muito complexo e errar acontece", disse Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira.

O cartola ainda elogiou a postura do presidente da comissão de arbitragem em reunião nesta segunda-feira com Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, revoltado com erros que prejudicaram seu time na derrota por 4 a 2 para o Palmeiras. "O Sérgio foi muito bem, deu muitas explicações técnicas. Falou da grande quantidade de decisões que o juiz tem que tomar em poucos segundos num lance", declarou Feldman, sem detalhar as respostas dadas para cada queixa específica.

A cabeça de Corrêa já tinha sido pedida por Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, que também já foi prejudicado pelas falhas mas na última rodada teve um pênalti polêmico marcado a seu favor no empate sem gols com o Atlético-PR. Modesto, chegou a fazer campanha para Corrêa ser substituído por Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da Federação Paulista. Mas a ideia parece não empolgar a maioria dos clubes.

Neste momento, a discussão extrapola os acontecimentos dentro de campo. Cartolas de outros Estados, como Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, apontam poder exagerado dos paulistas na CBF, comandada por um cartola de São Paulo (Marco Polo Del Nero) que colocou conterrâneos em postos importantes.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.