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Defesa de Marin conseguiu o que queria: prisão domiciliar com rapidez

Perrone

04/11/2015 09h02

A defesa de José Maria Marin conseguiu o que queria: uma audiência marcada com rapidez, a fiança estabelecida prontamente e evitar que seu cliente ficasse pelo menos semanas numa cadeia nos Estados Unidos antes de poder responder ao processo em prisão domiciliar em Nova York.

Ao decidirem não recorrer da extradição da Suíça para os Estados Unidos, os defensores do brasileiro queriam evitar que ele ficasse pelo menos mais três meses preso até o resultado do recurso. A estratégia era conseguir logo a prisão domiciliar. O principal argumento usado foi a idade de Marin. Os advogados alegaram que aos 83 anos sua saúde estaria em risco com mais tempo na cadeia e que ele teria pouca agilidade para tentar fugir do país.

Deu certo. No mesmo dia em que chegou aos Estados Unidos, na última terça, ele já participou de uma audiência e ganhou o benefício da prisão domiciliar com fiança de US$ 15 milhões.

Essa quantia é dada como garantia de que Marin não vai fugir durante o processo. Se ele se comportar, vai recuperar praticamente tudo que foi empenhado.

A rapidez como tudo foi feito desde a extradição, mostra um bom diálogo entre os advogados do cartola e as autoridades americanas, sem que para isso Marin se declarasse culpado de crimes ligados a corrupção.

Porém, o fato de o ex-presidente da CBF se declarar inocente, não significa que ele não tenha o que contar para a Justiça. Muitas perguntas ainda vão ser feitas durante o processo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.