Topo

Perrone

União de times para reduzir diferença para Corinthians e Fla na TV fracassa

Perrone

19/11/2015 09h36

O movimento de clubes da Série A que pregava a união dos times para negociar a prorrogação do atual contrato de transmissão do Brasileirão fracassou. As negociações estão sendo feitas individualmente, e os que não concordam com a proposta da emissora estão ficando isolados.

Negociar em conjunto era uma forma de tentar diminuir a diferença entre a cota que os demais times recebem para o que ganham Corinthians e Flamengo.

Santos e Grêmio pregam a união e agora estão entre os poucos que avisaram a Globo que não vão prorrogar o acordo nos moldes oferecidos inicialmente. Na outra ponta, o Corinthians foi um dos primeiros a acertar a renovação. Flamengo e Vasco estão entre os que gostaram do que ouviram da Globo, que precisa da assinatura de todos os integrantes da primeira divisão.

O contrato terminaria em 2018 e está sendo prorrogado até 2020. Inicialmente, a Globo ofereceu menos do que paga atualmente aos times. Em compensação, propôs uma antecipação que varia de acordo com o time. Um dos valores oferecidos é de R$ 30 milhões.

"Não sei o que os outros clubes vão fazer, mas nós decidimos não aceitar a renovação. Vamos deixar para conversar em 2018 quando termina o contrato", declarou o presidente do tricolor gaúcho, Romildo Bolzan Junior. "O Santos não vai assinar a prorrogação, não nesses moldes. Só se fizerem uma proposta que nos agrade", disse Modesto Roma Júnior, presidente santista.

Outro clube que defendia a união, o Atlético-MG, também não assinou, mas está indeciso.

Para quebrar a resistência dos cartolas, pelo menos em alguns casos, a Globo mudou a proposta inicial, aumentando o valor a ser pago.

Leia também:
Globo ajuda Corinthians a resolver pendência de R$ 30 milhões no fim de ano

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.