São Paulo tem previsão de estourar orçamento de 2016 em R$ 33 milhões
O raio x das finanças do São Paulo mostra que no começo de 2016 o clube gastou mais do que o previsto em seu departamento de futebol. Neste momento, a previsão é de um estouro no orçamento de R$ 33 milhões no ano.
O assunto foi tratado na última reunião do Conselho Deliberativo pela PricewaterhouseCoopers, que faz uma auditoria no Morumbi paga pelo empresário e consultor do Conselho Consultivo Abilio Diniz.
De acordo com a diretoria, a situação é momentânea porque existe um descasamento entre contratação e venda de jogadores, pois o clube contratou em janeiro e o melhor período para vendas acontece no início do segundo semestre, durante a janela de transferências para a Europa. Assim, a expectativa dos dirigentes é de que o estouro orçamentário seja corrigido.
"O valor de R$ 33 milhões é uma projeção anual de aumento da despesa anual, mas esta situação é simplesmente um descasamento temporal que será regularizado no transcurso do ano mediante projetos orientados a diminuir despesas, aumentar receitas e eventualmente negociar jogadores", disse ao blog, por e-mail, Adilson Alves Martins, diretor financeiro do São Paulo.
Com dificuldades financeiras, o clube tem atrasado o pagamento de direitos de imagem, mas prometeu aos jogadores que tudo seria pago em dia a partir da assinatura da renovação de contrato com a Globo. A emissora se comprometeu a dar R$ 60 milhões em luvas pelo direito de transmitir os jogos do time em TV fechada a partir de 2019.
Porém, o dinheiro das luvas não ficará reservado para pagar os atletas. Ele será usado para pagar dívidas em bancos.
"Sobre a questão das luvas, os recursos serão utilizados para amortizar dívida bancária, com isso teremos maior tranquilidade na renegociação do alongamento da dívida e também ajudarão para melhorar os resultados orçados", afirmou Martins. O diretor afirma que ao alongar o débito haverá um ajuste no fluxo de caixa que permitirá o pagamento das remunerações dos atletas em dia.
A principal preocupação do departamento financeiro tricolor é com compromissos bancários que vencem a curto prazo. Por isso a ideia é aproveitar o dinheiro da Globo para pagar esses empréstimos.
O São Paulo tem hoje, de acordo com Martins, uma dívida de R$ 170 milhões, além de R$ 77 milhões em débitos fiscais parcelados em 240 meses pelo Profut, programa de refinanciamento criado pelo Governo Federal.
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