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Falta de ambição do Palmeiras de Cuca no 1º tempo lembrou time de Oliveira

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17/03/2016 23h44

O Palmeiras começou o jogo de estreia do técnico Cuca, contra o Nacional, no Uruguai, abraçado a uma velha e incômoda companheira dos tempos de Marcelo Oliveira: a falta de ambição em jogos fora de casa.

Como se tivesse um ou dois jogadores a menos por conta de expulsões, o alviverde ficou aquartelado no campo de defesa, concentrado na destruição de jogadas. Não mostrou nenhuma vontade de vencer o jogo.

Na saída para o intervalo, Lucas transformou em palavras o que se via em campo ao dizer que o objetivo era acertar um contra-ataque para tentar vencer a partida.

Na volta para o segundo tempo, enfim, deu para perceber que o time está sob nova direção. Com as entradas de Robinho (que poderia muito bem ter começado o jogo) e Gabriel Jesus, o Palmeiras fez em três minutos o que não tinha feito em 45 minutos, mas levou o gol por conta de falhas defensivas justamente após Jesus perder a chance de abrir o placar.

A partir daí, Cuca tentou empurrar o time para cima do adversário. Prova disso foi a entrada do atacante Barrios no lugar do volante Gabriel. Mas, velhos problemas como a enorme distância entre os jogadores, passes errados e falhas de marcação impediram a reação palmeirense.

O segundo revés seguido na Libertadores para o Nacional, dessa vez por 1 a 0,  aumenta o risco de o Palmeiras ser eliminado já na fase de grupos. O resultado poderia ter sido melhor se não fosse a falta de ambição da primeira metade. Menos mal para o torcedor palmeirense que no segundo tempo Cuca esboçou um Palmeiras mais ofensivo. Dá para ter esperança de dias melhores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.