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Corinthians usa gasto de R$ 182,9 mi de fãs com time para valorizar camisa

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18/04/2016 10h24

De acordo com levantamento feito pelo Corinthians, os torcedores corintianos gastaram com produtos relacionados ao clube R$ 189,2 milhões em 2015. Nessa conta estão vendas de camisas, gastos nas lojas oficiais, comercialização de todos produtos licenciados e mensalidades na franquia de escolinha de futebol alvinegra, a Chute Inicial.

O trabalho foi feito para mostrar para a Caixa Econômica Federal e outras empresas interessadas em patrocinar a equipe o potencial financeiro dos torcedores. A tese apresentada aos eventuais patrocinadores é de que o corintiano é um voraz consumidor de produtos relacionados ao clube. Assim, quem patrocinar o time e fizer uma boa ativação da marca terá, de acordo com esse raciocínio, retorno com o aumento de vendas de seus produtos.

"Mostramos para as empresas que não interessa só quanto a marca dela vai aparecer na TV e em outros veículos nos jogos e treinos. Mostramos o potencial de consumo da nossa torcida, que é dividida de forma igual nas classes A, B e C", disse Gustavo Herbetta, superintendente de marketing corintiano.

Ele atribui a essa estratégia o fato de a Caixa, em tempos de crise na economia nacional, aceitar pagar só pela frente da camisa o mesmo valor (R$ 30 milhões) que pagava por peito e costas no ano passado. Herbetta diz que o departamento de marketing corintiano desenvolveu uma fórmula para calcular quanto vale cada espaço na camisa do time. Esse cálculo levou em conta quanto o corintiano gastou com a marca do time de coração no ano passado.

Por sua vez, a Caixa afirmou em nota que aceitou o novo formato por causa de contrapartidas oferecidas pelo clube.

"No processo de negociação, o Corinthians compensou a retirada da marca nas costas da camisa com mais contrapartidas, como exposição da marca no futsal, esportes olímpicos e paraolímpicos, camarotes e totem no centro de treinamento. Ingressos para partidas e uniformes repassados à Caixa também estão na renovação de contrato", disse a assessoria do banco em e-mail enviado ao blog.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.