Opinião: erros repetidos fazem vantagem de Tite sobre outros técnicos cair
Na opinião deste blogueiro Tite é o melhor treinador do Brasil. Mas, sua vantagem sobre os demais não é tão ampla quanto era em dezembro. O fato de não colocar um dos times de melhor estrutura do país na final do Campeonato Paulista é um sinal disso.
Outros sintomas são as derrotas em duelos táticos com colegas bem menos badalados do que ele, como Fernando Diniz, na eliminação nos pênaltis para o Audax nas semifinais do Estadual, e Cuca, na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras.
As duas partidas mostram uma certa dificuldade de Tite em sair de armadilhas preparadas por seus colegas. Falta aquela rapidez para mudar o jogo característica dos gênios.
Porém, o pecado maior no trabalho do técnico corintiano, excelente para quem perdeu meio time no início do ano, é não conseguir sanar problemas que se repetem. É o caso dos pênaltis desperdiçados pelos corintianos. Treinador não cobra pênalti, mas ele é o responsável maior por todo aprimoramento técnico individual, não só pelo coletivo.
A imagem de Romero e André brigando pela bola para bater pênalti contra a Ponte Preta em Itaquera sugere uma bagunça que não combina com a imagem de excelência que nos acostumamos a associar a Tite. Só naquele jogo foram dois pênaltis perdidos, um pelo paraguaio e outro por Luciano.
No ano, são seis cobranças desperdiçadas em nove tentativas, contando a disputa com o Audax. Nos últimos dias, o time intensificou o treinamento de cobranças, mas não resolveu o problema. Treinar mais não significa necessariamente treinar o suficiente ou treinar certo. E cabe a Tite cuidar disso.
Manter Romero na reserva no atual momento também é um erro repetido que não se encaixa com o status do treinador corintiano.
Repetidas também são as eliminações sofridas pelo Corinthians em mata-matas em casa no retorno de Tite. Foram quatro desde 2015.
Os delizes, que fazem parte da profissão, não impediram Tite de levar o Corinthians a terminar a fase de classificação do Paulista com a melhor campanha e de se classificar sem sufoco para as oitavas-de-final da Libertadores. Enquanto ele atingia esses feitos, outros técnicos também se destacavam, como Fernando Diniz, Roger Machado, Diego Aguirre e Sérgio Vieira. Todos ainda comem poeira atrás do corintiano, mas seus trabalhos combinados com os tropeços do comandante alvinegro são um convite para repensarmos o endeusamento de Adenor.
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