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Após SPFC se sentir prejudicado, PM muda venda de ingressos em clássicos

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31/05/2016 07h35

No primeiro clássico com torcida única na capital paulista, no último domingo, contra o Palmeiras, o São Paulo acredita que foi prejudicado por uma antiga determinação que, para evitar confrontos entre torcedores, veta a venda de ingressos horas antes das partidas envolvendo os principais rivais do Estado. A proibição faz parte de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelos clubes em 2006 em acordo com o Ministério Público.

Foram 21.016 ingressos vendidos até às 12h, quando as bilheterias tiveram que ser fechadas. Desse total, cerca de 5 mil foram comprados no dia do jogo. O São Paulo calcula que deixou de negociar de 3 mil a 5 mil bilhetes com a proibição. Na partida contra o Internacional, por exemplo, foram comercializados 8 mil tíquetes no dia do jogo.

A queixa dos são-paulinos é de que a Polícia Militar deveria ter liberado a venda até a hora do clássico já que a partida era de uma torcida só.

Um dia depois do jogo, a PM avaliou que não há motivos para determinação continuar valendo e informou ao blog que nos clássicos de torcida única os bilhetes poderão ser comercializados sem interrupção a partir de Corinthians x Santos, nesta quarta.

"Tivemos uma reunião (nesta segunda) e conversamos com o Ministério Público. Não faz sentido encerrar a venda antes em clássicos de torcida única. Não houve problema nenhum no jogo de domingo, mas não poderíamos tomar uma decisão sem falar com o Ministério Público", disse ao blog o tentente-coronel Luiz Gonzaga de Oliveira Júnior.

Ele também informou que a Polícia Militar não tem registros de brigas entre torcedores no entorno do Morumbi e nem em outros pontos da cidade no dia do clássico. A ocorrência de confrontos fez com que a Secretaria de Segurança Pública determinasse os clássicos de torcida única em São Paulo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.