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O que esperar e não esperar da seleção de Tite

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15/06/2016 18h23

Pelo histórico de Tite dá para imaginar o que esperar de sua era na seleção brasileira:

1 – Disciplina tática

Pelo que mostrou nos últimos anos, Tite montará uma seleção brasileira aplicada taticamente como raras vezes se viu.

2 – Padrão de jogo e time definido

Esqueça aquela história de seleção brasileira que joga de um jeito a cada partida e com vários titulares diferentes. Desde o começo deve ser possível perceber o padrão de jogo que Tite pretende dar ao time, com atletas sabendo o que fazer com ou sem a bola. A base escolhida deve ser mantida desde as primeiras convocações.

3 – Homens de confiança

O novo treinador da seleção é de eleger os jogadores em que confia e montar a base da equipe com eles. Ainda que não atravessem o melhor momento, eles terão grande chance de serem chamados a cada convocação.

4 – Teimosia

Lembra quando Tite insistiu com Vágner Love e André, mesmo com os atacantes sem conseguir marcar gols? Ele é assim, quando acredita que um jogador precisa de tempo para acertar, insiste com ele até a situação ficar insustentável.

5 – Marcação eficiente

Seja qual for o esquema escolhido, Tite deve primeiro deixar suas digitais na defesa da seleção brasileira. A tendência é que transforme a marcação eficiente numa marca registrada, algo também raro na seleção brasileira.

E o que não dá para esperar da seleção sob comando do ex-corintiano?

1 – Aposta em jovens

Em seus últimos trabalhos no Corinthians, Tite deu pouco espaço para jogadores das categorias de base. Ele prefere apostar em atletas experientes, cascudos.

2 – Mudanças estratégicas

Aquelas substituições que mudem radicalmente o jogo ou que desatem um nó tático dado por um adversário. No Corinthians, ele tem mostrado dificuldade para sair das armadilhas de adversários.

3 – Variação tática nos primeiros meses

A tendência é de que Tite comece martelando um só esquema tático na seleção. Pelo menos até que ele se firme e que comece a dar resultados, não deve fazer mudanças.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.