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Centralizador, Cuca ofusca Mattos no Palmeiras

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04/07/2016 09h14

Cuca conversa com Dudu durante treino do Palmeiras (Crédito: Cesar Greco/Fotoarena)

Cuca conversa com Dudu durante treino do Palmeiras (Crédito: Cesar Greco/Fotoarena)

Cuca arranca elogios de cartolas palmeirenses não só pelo trabalho que desenvolveu até aqui em campo. Também é parabenizado por sua atuação fora dos gramados.

O treinador é centralizador, o que muitas vezes gera críticas de dirigentes nos clubes, mas não no caso palmeirense. O comandante ouve praticamente todos os funcionários com ação direta no trabalho da equipe, tenta resolver problemas, e dificilmente acontece algo que ele não fique sabendo.

Esse estilo acabou ofuscando o executivo Alexandre Mattos, que ganhou amplos poderes do presidente Paulo Nobre e com quem o treinador mantém bom relacionamento.

Mattos é constantemente criticado por conselheiros, principalmente pela quantidade de reforços que trouxe sem êxito. E escolher bem jogador passou a ser um dos pontos valorizados em Cuca.

Roger Guedes, um dos destaques do time no Brasileiro, foi pedido pelo técnico. O atleta já chamou a atenção de representantes do Barcelona. Recentemente, Cuca disse para a Rádio Transamérica que quem o alertou para o bom desempenho do jogador ainda no Criciúma foi Cuquinha, seu irmão e assistente.

O treinador também passou a ser visto como estrategista fora do campo por sua atuação em relação a Lucas Barrios. Ele criticou o paraguaio em entrevista afirmando que o atacante disse estar infeliz no clube e interessado em se transferir, além de ter demorado para se recuperar de contusão. O atleta, no entanto, rebateu o técnico em rede social e no programa Seleção Sportv. O técnico telefonou para emissora e se posicionou imediatamente diante das declarações do jogador. Depois, em reunião que contou com a presença de Nobre, eles se acertaram.

Para parte dos conselheiros do Palmeiras, Cuca criticou Barrios para definir se ele continuaria no clube e motivar o atleta. A análise é de que atingiu o objetivo.

Além de sua atuação fora de campo, o treinador é reconhecido no Palmeiras como um técnico que conseguiu dar padrão de jogo ao time e preparou eficientes jogadas ensaiadas. Seu antecessor, Marcelo Oliveira, era cornetado por não definir um estilo de jogo para o alviverde.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

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