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Maicon abriu o caminho para os colombianos, mas não foi o único culpado

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06/07/2016 23h51

Maicon deixa o gramado do Morumbi após a expulsão (Miguel Schincariol/AFP)

Maicon deixa o gramado do Morumbi após a expulsão (Miguel Schincariol/AFP)

De quem mais o São Paulo esperava equilíbrio, veio o desequilíbrio, o gesto impensado e o cartão vermelho que começou a afundar o time brasileiro no primeiro jogo das semifinais da Libertadores contra o Atlético Nacional, da Colômbia.

O tapa dado na cabeça de Borja e sua merecida expulsão transformaram Maicon em vilão tricolor. Logo ele, por quem o São Paulo fez o sacrifício de gastar um caminhão de dinheiro para comprar seus direitos econômicos e garantir sua presença nos jogos decisivos. Coisa de roteirista de cinema.

Após ficar com um jogador a mais, o Atlético só precisou de oito minutos para abrir o placar e justamente com Borja, jogador envolvido no lance do cartão levado por Maicon. Borja ainda faria o segundo, deixando o São Paulo em situação dramática na Libertadores após perder por 2 a 0.

Maicon não foi o único culpado pelo desastre no Morumbi, pois o São Paulo não conseguiu abrir o placar quando estava com 11 em campo, e os dois times tinham chance de chegar à vitória. A equipe brasileira não foi capaz de sufocar o adversário como precisaria ter feito em casa. Sem fazer gols, ficou sujeita a ver uma falha individual colocar em risco a vaga na final. Até acontecer a expulsão, que facilitou a vida dos colombianos e escreveu uma história que o torcedor são-paulino não irá esquecer. Mesmo se o time conseguir uma heroica classificação para a final.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.