8 fatos para serem lembrados ao fim da Rio-2016. Aconteça o que acontecer
Passada a cerimônia de abertura, a Olimpíada do Rio começa pra valer neste sábado. Como sempre acontece em grandes eventos, assim que os melhores atletas do mundo começarem a dar show, os problemas de organização ficarão em segundo plano. Phelps, Bolt e companhia terão mais espaço na mídia do que eventuais falhas.
Ao fim dos Jogos é natural que fique a última imagem, a das grandes disputas esportivas, camuflando o que a competição realmente representou para o Rio e o Brasil.
Para ajudar na sua avaliação final sobre a Rio-2016, o blog listou oito fatos que não podem ser esquecidos na hora de julgar se a Olimpíada foi um sucesso ou nem tanto ou ainda um fracasso.
1 – Gasto por dia
Cada um dos 17 dias dos Jogos Olímpicos e dos 12 dias da Paraolimpíada vai levar pelo menos R$ 31, 9 milhões dos cofres públicos, como mostrou reportagem do UOL Esporte. Na conta estão só itens que não serão usados depois do evento. Com os cerca de R$ 925 milhões desembolsados no total daria para construir seis hospitais ao custo estimado de R$ 145,6 milhões cada, como o que começou a ser erguido no ano passado pela prefeitura de São Paulo no bairro de Parelheiros.
2 – Segurança
Por causa de uma das maiores falhas envolvendo a preparação da Rio-2016 até aqui, o governo federal deve gastar R$ 20 milhões a mais com seu plano de segurança para os jogos, como mostrou o UOL Esporte. Às vésperas da abertura da Olimpíada, o Comitê Organizador descobriu que a empresa contratada para cuidar da revista na entrada dos locais de competição, operando máquinas de raio-X, não estava conseguiria realizar o serviço contratado. Ela não tinha experiência na área. O governo, então, gastou uma nova bolada para contratar policiais militares da reserva para assumirem a missão. Com o gasto extra seria possível comprar 334 viaturas como as entregues em junho deste ano pelo governo paulista para a polícia civil.
3 – Despoluição
No projeto, um dos legados dos jogos seria a despoluição quase que total da Baía de Guanabara. Ainda que a poluição tenha diminuído, a promessa não foi cumprida. Em junho, o UOL Esporte mostrou que uma obra com custo de R$ 40 milhões para o governo do Rio com o objetivo de ajudar na despoluição da baía ainda não tinha sido colocada para funcionar.
4 – Juma
Recordes derrubados e histórias de superação nos jogos não devem apagar um dos casos mais tristes da fase de preparação da Rio-2016, a morte da onça Juma, mascote do exército em Manaus, abatida depois de ser exibida durante o revezamento da tocha olímpica e tentar fugir do zoológico militar e quem vivia. Alguém discorda que ela jamais deveria ter sido atração do evento olímpico?
5 – Transporte gratuito
No documento oficial de candidatura aos Jogos, o governo prometeu transporte gratuito para os locais da competição. Porém, abandonou o plano e decidiu vender bilhetes que custam R$ 25 com direito a viagens ilimitadas por um dia.
6 – Vila dos problemas
Os organizadores da Rio-2016 e a prefeitura da cidade passaram vergonha logo que as primeiras delegações começaram a chegar reclamando das instalações da vila dos atletas. Vários países tiveram que botar a mão no bolso para realizar obras de acabamento e fazer a limpeza dos apartamentos.
7 – Portão fechado
Nos próximos dias, provavelmente, você vai ouvir gente ligada à organização da Rio-2016 repetir que pequenos problemas são normais em grandes eventos. Mas, certamente, deixar um portão fechado com cadeado sem chave uma hora antes de uma partida olímpica não é normal. O vexame aconteceu logo no primeiro evento oficial da Olimpíada no Brasil, no Engenhão, antes de Suécia x África do Sul, pelo futebol feminino, como mostrou a Folha de S.Paulo. O Corpo de Bombeiros precisou arrombar o cadeado.
8 – Desapropriações
Rio-2016 é sinônimo de ser forçado a sair de sua própria casa para parte dos moradores da Vila Autódromo. Depois de prometer que ninguém sairia de lá se não quisesse, o prefeito Eduardo Paes decretou que casas do bairro eram de utilidade pública e determinou a desapropriação com urgência, para revolta dos moradores vizinhos ao Parque Olímpico que não queriam sair de suas residências.
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