Feijoada e pagode estão entre apostas para Arena Corinthians render mais
É consenso na diretoria do Corinthians que o plano de negócios original da arena do clube não funcionou. O alto valor de propriedades como os camarotes e a demora para a entrega da obra, entre outros problemas, dificultaram a geração de receitas. Várias mudanças já foram feitas em relação à estratégia inicial, elaborada por Andrés Sanchez, e um novo pacote está sendo criado num momento em que a participação do ex-presidente na gestão do estádio diminuiu.
O custo da obra supera 1,5 bilhão, contando juros. Desde maio, graças a um acordo com a Caixa, o fundo responsável por administrar a casa corintiana só paga os juros da dívida referente aos R$ 400 milhões emprestados pelo BNDES enquanto o clube espera a decisão sobre se terá uma nova carência para o pagamento.
Conheça os principais planos para tentar melhorar o potencial financeiro da Arena Corinthians.
Seminário
Na última quarta-feira começou um seminário com todos os envolvidos na operação do estádio a fim de que sejam discutidas novas ideias para tornar a arena mais rentável. Serão cinco módulos em diferentes semanas. No próximo, os funcionários devem voltar com ideias consolidadas para serem discutidas em grupo.
Churrasco e pagode
Uma das vocações da arena na opinião da direção corintiana é receber churrascos, feijoadas e pagodes antes das partidas no lugar conhecido como camarote festa. Já foram realizados alguns eventos assim e os resultados foram considerados animadores. Eles podem ser feitos com uma empresa alugando o espaço e vendendo os ingressos ou com a própria equipe da arena na organização. "Quando o pessoal da arena organiza, a rentabilidade é maior", diz Emerson Piovezan, diretor financeiro do Corinthians.
Camarotes para poucos jogos
A dificuldade em alugar os camarotes do estádio se transformou num dos maiores pesadelos da direção corintiana. Várias estratégias já foram desenvolvidas mas eles continuam às moscas. A aposta agora é oferecer pacotes por períodos curtos, não só pela temporada inteira, o que encarece os espaços. "Queremos negociar camarotes por uns três jogos. O preço por partida fica mais caro em relação ao pacote completo, mas como a quantia de dinheiro envolvida é bem menor, os camarotes ficam mais acessíveis", disse Piovezan.
Shows
O plano é aumentar a realização de eventos que já têm acontecido num dos estacionamentos da arena. A meta é transformar o local num dos principais espaços para shows na Zona Leste. Essa é a única forma encontrada pelos corintianos para receber espetáculos mantendo o conceito original de não colocar o gramado em risco com outras atividades. Alugar o campo para shows continua sendo uma opção descartada.
Renegociação do contrato
Outra meta é tirar do papel o velho sonho da direção corintiana de renegociar com a Odebrecht e o fundo que administra arena o contrato que engessa o plano de negócios. O principal objetivo é reduzir os preços mínimos das propriedades estipulados nos acordos.
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