Assediado por xeique, Caio Júnior projetou 2017 em grande clube brasileiro
Com Danilo Lavieri, do UOL, em São Paulo
Para Marcelo Lipatin, agente de Caio Júnior, o treinador teve neste ano, pela Chapecoense, seu melhor momento na carreira. Por isso, vinha sendo assediado por clubes brasileiros e pelo futebol árabe.
"Em respeito à Chapecoense, só iríamos conversar com algum clube e decidir o futuro depois do final da temporada. Então, não tivemos propostas oficiais, mas muitas sondagens feitas por intermediários ligados a importantes clubes brasileiros que não vou falar os nomes. Um xeique ligava sempre também pedindo pra ele retornar para o futebol árabe (antes da Chape ele treinava o Al-Shabab, dos Emirados Árabes Unidos)", disse o empresário ao blog.
O plano de Lipatin era recolocar o treinador, que estava no avião acidentado com a delegação da equipe catarinense, em um grande time do Brasil no próximo ano.
"Meu trabalho vinha sendo mostrar para o Caio que agora a parte financeira poderia esperar, por isso não seria interessante voltar ao futebol árabe. O próximo passo dele ficou logo definido: voltar a treinar uma equipe grande no Basil", declarou o agente.
O empresário avalia à forma de trabalhar da diretoria da Chape boa parte do sucesso de Caio Júnior no clube. "A direção tem um programa de trabalho, estipulou um teto salarial, tem equilíbrio emocional para segurar um treinador e mantém o controle de tudo. O técnico apenas faz parte da engrenagem, tem uma estrutura que o permite apenas treinar o time. O Caio aceitou isso e foi tudo muito bem", disse Lipatin.
Até as 14h desta terça, ele e a família de Caio Júnior não tinha confirmação oficial sobre nomes das vítimas fatais no acidente.
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