Conselho do Corinthians discute suspensão do pagamento da dívida da arena
Em reunião marcada para o próximo dia 15, Guilherme Gonçalves Strenger, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, vai propor que os conselheiros aprovem uma ação do clube para tentar suspender o pagamento da dívida relativa à construção da arena corintiana até que a Odebrecht exiba contratos com os fornecedores da obra. A exibição também seria pedida na Justiça.
Se os conselheiros aprovarem as medidas judiciais, o presidente alvinegro, Roberto de Andrade, receberá a orientação para tocar os processos. "Ele pode até não cumprir o que o conselho determinar, mas teria um grande problema político", disse Strenger ao blog.
O presidente do órgão tomou a decisão de sugerir o congelamento do pagamento após Ricardo Corregio, engenheiro da Odebrecht, afirmar ao Blog do Ohata, que a construtora não vai mostrar contratos firmados com fornecedores durante a construção do estádio porque eles têm cláusulas de confidencialidade.
"Com essa resposta, a Odebrecht não deixou outra alternativa para o clube a não ser pedir a quebra do sigilo desses contratos e a suspensão do pagamento na Justiça. Se a obra tinha um preço fechado (R$ 985 milhões), precisamos saber quanto foi gasto com cada item. Só assim vamos saber se esse é mesmo o valor. Não podemos pagar enquanto não tivermos certeza da quantia que foi gasta, por isso precisamos entrar com o pedido de suspensão", disse Strenger. Atualmente, com a concordância da Caixa, o pagamento das parcelas referentes ao empréstimo junto ao BNDES está congelado até que seja decidido se o clube vai ganhar um novo período de carência. A ação na Justiça atingiria todos os pagamentos que o Corinthians tem que fazer referentes à construção. O dinheiro deixaria de ser repassado ao fundo que administra a operação ou seria depositado em juízo, se a Justiça assim decidir.
Strenger já enviou a convocação da reunião para os membros do Conselho. A pauta prevê deliberações sobre providências a serem tomadas em relação ao estádio e leitura do relatório (ainda não concluído) feito pela comissão que acompanha auditoria na construção.
Como revelou o blog, Strenger já tinha se posicionado a favor de uma ação para obrigar a Odebrecht a mostrar documentos e outra com a finalidade de forçar a construtora a fazer obras previstas no projeto original da arena e que não foram realizadas. A diretoria, porém, ainda tenta um acordo com a Odebrecht para descontar o que eventualmente não foi feito do valor total do débito.
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