Corinthians é pressionado a anular acordo de estacionamento da arena
A diretoria do Corinthians sofre pressão para anular o contrato que deu a administração do estacionamento da arena do clube para a Omni, de propriedade da Omnigroup e uma de suas principais parceiras desde a chegada do grupo de Andrés Sanchez ao poder.
Conselheiros defendem que o contrato é nulo porque, conforme mostrou a "Revista Época", tem a assinatura de Roberto de Andrade em data na qual ele ainda não era o presidente corintiano.
No clube, a Omni é um antigo alvo de críticas feitas até por dirigentes que o consideram acordos feitos com ela ruins para o clube e questionam o fato de ter sido escolhida uma empresa sem histórico em administração de estacionamentos. A parceira cuida do programa de sócio-torcedor do clube e do controle de acesso dos torcedores ao estádio.
"Vou pedir para que o presidente Conselho Deliberativo (Guilherme Gonçalves Strenger) tome providências para anular esse contrato. Também conversei com Emerson Piovezan (diretor financeiro) e disse a ele que temos a chance de anular um contrato que não é bom para o clube", afirmou o conselheiro Tomas Lico Martins, que já foi vice-presidente alvinegro.
Strenger também disse ao blog que o contrato pode ser anulado. "O presidente não ocupava o cargo na data que aparece no documento, então ele pode ser considerado sem validade", declarou o dirigente. Ele vai analisar o acordo com a Omni para saber se é lesivo ao Corinthians. Em caso positivo, Andrade poderá sofrer um processo de impeachment.
Pelo acordo, a empresa fica com 30% da receita líquida obtida pelo estacionamento. "Em tese, não é uma porcentagem alta, mas precisamos comparar com o mercado e ver os outros aspectos do contrato. Não podemos que esquecer que ele vale por dez anos", afirmou Strenger.
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